Meio Ambiente: 5ª Reunião Anual sobre Pesquisa Ambiental termina nesta quinta-feira

Evento terá lançamento de livro sobre o Parque Estadual Fontes do Ipiranga

qui, 05/12/2002 - 11h08 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente conclui nesta quinta-feira, dia 5, a quinta discussão pública sobres os rumos do conhecimento técnico-científico produzido pelos Institutos de Botânica, Geológico e Florestal. A 5ª Reunião Anual de Pesquisa Ambiental, que este ano tem como tema central ‘A pesquisa científica e tecnológica e a gestão ambiental’, foi aberta ontem pelo secretário estadual do Meio Ambiente, José Goldemberg.

Participam do evento, no auditório Augusto Ruschi, na sede da Secretaria, pesquisadores dos três institutos e representantes de universidades e de outros centros de pesquisa, para uma avaliação da produção científica e uma reflexão sobre as experiências institucionais das pesquisas relacionadas diretamente com as questões como o licenciamento ambiental, os planos de manejo das unidades de conservação, iniciativas para o repovoamento vegetal do Estado e o gerenciamento de recursos naturais.

Em seu discurso de abertura, Goldemberg enfatizou que, a partir a mudança de governo na esfera federal, haverá maior estímulo às políticas sociais, conseqüentemente acarretando maior pressão da sociedade na busca de soluções para os graves problemas que afetam o país, entre eles, as questões de ordem ambiental.

Na avaliação do secretário, é necessário deixar de lado uma postura exclusivamente acadêmica e investir, através das pesquisas, na melhoria dos diagnósticos dos problemas ambientais que são fundamentais para os processos de decisões públicas e privadas relacionadas às questões ambientais contemporâneas. Desde o primeiro dia de sua gestão à frente da Secretaria do Meio Ambiente, o próprio Goldemberg vem estimulando um amplo processo de debates entre os pesquisadores, com a participação de técnicos de outros órgãos do sistema ambiental do Estado, como a CETESB e a Fundação Florestal, e que culminou com a edição da resolução nº 15/02, que desde junho último estabeleceu as prioridades científico-técnológicas das instituições, baseadas em temas estratégicos como a preservação, conservação e recuperação e uso sustentável da biodiversidade; a recuperação de áreas degradadas; a gestão ambiental do território e dos recursos naturais.

Essas diretrizes, lembrou o secretário, estão em perfeita consonância com o plano de valorização dos institutos, lançado recentemente pelo governador Geraldo Alckmin, e que busca ‘transformar a diversidade em oportunidade de desenvolvimento sustentável e sustentado, como elemento estratégico na redução das disparidades de toda ordem, em especial na ação direta sobre questões de saúde, de aprofundamento da sustentabilidade ambiental e social, e da competividade econômica’. ‘Há progressos em várias áreas e as lacunas ainda existentes devem servir de estímulo àqueles que tem perseverado na construção de uma pesquisa que responda aos desafios sócio-ambientais futuros’, insistiu o secretário.

Lançamento de livro sobre o Parque Fontes do Ipiranga

No encerramento da 5ª Reunião Anual sobre Pesquisa Ambiental, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente lança nesta quinta-feira, às 17 horas, o livro ‘Parque Estadual Fontes do Ipiranga: unidade de conservação que resiste à urbanização de São Paulo’, organizado por Denise de Campos Bicudo, Maria Cristina Forti e Carlos Eduardo de Mattos Bicudo.

A publicação sobre a terceira maior reserva de mata nativa do município de São Paulo teve sua origem no projeto ‘Tipologia, monitoramento e recuperação de corpos d’água da Reserva Biológica do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo’, iniciado em 1996, com a colaboração de 55 profissionais de 15 diferentes instituições de pesquisa e aborda temas relacionados a história, legislação, geografia, geologia, clima e meteorologia.

O livro inclui informações sobre o meio físico, águas subterrâneas, águas superficiais e a vegetação em seus diferentes aspectos. Aborda a influência das mudanças climáticas nos sistemas florestais, o impacto da poluição atmosférica e o histórico da degradação da vegetação. Enfoca também a invasão do entorno e a degradação das águas dos reservatórios e aponta a educação ambiental como importante ferramenta para barrar os efeitos negativos decorrentes da urbanização acelerada.

Serviço:
Auditório Augusto Ruschi – Secretaria de Estado do Meio Ambiente – Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – Alto de Pinheiros – São Paulo-SP

Renato Alonso e Eli Serenza
Da Assessoria de Imprensa da SMA