Mais de 73% dos consumidores da Comgás terão redução de tarifas

Serão beneficiados 310 mil consumidores das regiões da Grande São Paulo, Campinas, Santos e Vale do Paraíba

ter, 20/04/2004 - 14h32 | Do Portal do Governo


Com o objetivo de aumentar o número de consumidores do gás natural o governador Geraldo Alckmin anunciou nesta terça-feira, dia 20, a redução das tarifas do gás canalizado para 310 mil consumidores da Comgás, o que representa mais de 73% do total de ligações. As tarifas da Comgás serão reajustadas a partir do próximo dia 31 de maio, mas em virtude da Revisão Tarifária, a maior parte dos atuais 420 mil consumidores terão reajustes negativos, ou seja, redução nas contas de gás canalizado. “Estamos reduzindo a conta do gás, dando um bônus para quem reduzir a conta d’água, tudo isto vai melhorando a renda das pessoas para poderem gastar em outras áreas da atividade econômica”, disse Alckmin.

A tarifa mínima, por exemplo, terá uma redução de 16,4%. Além disso, ela somente será aplicada quando o consumo for zero. Antes, consumos de zero a cinco m³ pagavam o mesmo preço fixo. Agora, vai se pagar o que for consumido. De R$ 13,89, o consumo zero vai pagar agora R$ 11,61.

Para aqueles consumidores com fatura mensal de oito m³, equivalente a meio botijão de gás-GLP, a redução ficará em torno de 18%. Esta conta passará dos atuais R$ 22,64 para R$ 18,58. Já um consumo de 16 m³/mês, correspondendo a um botijão de gás-GLP, terá redução de 15,1%.

Para consumos maiores, de até 50 m³/mês, que são aqueles que em geral utilizam o gás para aquecimento de água para banho, além do forno e fogão, também terão redução de tarifa. Por exemplo, a fatura para um consumidor de 30 m³/mês passará de R$ 81,01 para R$ 76,72. Uma redução de 5,3%.

Os consumidores industriais terão reajustes diferenciados, sendo de 9,54% para consumos considerados pequenos (da ordem de 5 mil m3/mês); 2,61% para consumidores industriais médios (da ordem de 300 mil m³/mês); e 0,96% para os grandes consumidores (10 milhões de m³/mês).

Para os grandes consumidores o preço do gás tem, em geral, participação significativa na planilha de custo dos seus produtos. As indústrias cerâmicas e vidreiras têm custos de 5% a 30% do preço final do produto atrelado ao consumo de gás natural.

É importante salientar que no último mês de janeiro a Comissão dos Serviços Públicos de Energia (CSPE) já havia reduzido de 4% a 6% as tarifas do segmento industrial e de 1,5% a 2% no segmento residencial, ainda que, desde janeiro de 2003, o preço do gás adquirido pela concessionária da Petrobras não tenha sofrido qualquer redução.

Valéria Cintra

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