Mais 508 famílias realizam o sonho da casa própria na Zona Leste da Capital

As moradias foram construídas no bairro de Itaim Paulista e beneficiam mais de 2.500 pessoas

dom, 12/06/2005 - 13h40 | Do Portal do Governo


Cerca de 2.500 pessoas que vivem na Zona Leste da capital realizaram o sonho da casa própria na manhã deste domingo, dia 12, com a entrega, pelo governador Geraldo Alckmin, de 508 moradias populares da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no bairro de Itaim Paulista.

Para os futuros moradores, a sensação vai além da realização de um sonho, já que foram eles mesmos que construíram os apartamentos, em regime de mutirão. Cada unidade tem dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

O governador lembrou que o menor município do Estado, Borá, tem 800 habitantes e só neste conjunto da CDHU, que terá o nome de Mário Covas, tem praticamente mais de três vezes a população de Borá. ‘É uma cidade, com a particularidade de que todas as famílias que moram aqui têm casa própria’, comentou. Ele ressaltou ainda a participação das mulheres na construção das casas. ‘Elas lideram os mutirões’.

É o caso de Helena Matos Trindade Oliveira, que é aposentada e já ajudou a construir moradias em outros dois mutirões. Hoje ela exibia orgulhosa os calos nas mãos por carregar areia e tijolo para construir a própria casa. ‘Trabalhei bastante, ajudei em outros mutirões e agora construí a minha casa’, afirmou. E lembrou que os vizinhos também trabalham muito na obra.

Para o governador o mutirão tem a vantagem de fortalecer o espírito comunitário. ‘As pessoas já se conhecem, lutaram juntas para conseguir o apartamento e acabam tendo uma vida comunitária melhor e menos problemas comuns em condomínios, onde um não pode incomodar o outro e todos têm de participar com a limpeza’, afirmou.

E chamou a atenção também para o trabalho de jardinagem no conjunto habitacional, onde há uma preocupação em não ter apenas concreto, mas constituir a formação de um lar, com árvores, grama e flores.

Alckmin explicou que o Programa de Moradias do Governo paulista é o único que atende famílias que ganham 1 salário mínimo por mês e o valor da prestação é de R$ 45 porque há um subsídio por parte do Estado para quem ganha pouco também possa ter sua casa própria.
Como Neusa Maria Garrido, que pagava R$ 500 de aluguel e tem uma renda familiar de R$ 700.

Ela, que é autônoma, vai pagar R$ 105 de prestação e espera que com essa economia comprar os móveis para o novo apartamento. ‘Até agora estava conseguindo equilibrar o orçamento com a ajuda da Igreja que me dá uma cesta básica’, explicou Neusa.

Os mutirões da CDHU são realizados a partir de parceria com associações comunitárias, que indicam as famílias e contratam assessoria técnica e mão-de-obra especializada, além de ficarem responsáveis pela administração das obras.

À CDHU cabe a execução da infra-estrutura, o fornecimento ou aprovação do projeto, repasse de recursos financeiros para a compra do material de construção e a supervisão das obras.

As unidades habitacionais, que contaram com investimento estadual de R$ 18,2 milhões, ficam num conjunto habitacional com 56 prédios de cinco andares cada, distribuídos em três condomínios fechados com alambrado. No total, são mais de 34.000 metros quadrados de área construída, com estacionamento pavimentado (295 vagas) e toda a infra-estrutura de redes de água, esgoto, energia elétrica e telefonia. Além disso, os moradores têm à disposição cinco centros de apoio comunitário, que são salões cobertos para reunião dos condôminos.

Esta é a primeira etapa da entrega do empreendimento, que terá um total de 1.952 apartamentos. As outras 1.444 unidades habitacionais estão em execução. Os apartamentos são destinados a famílias com renda mensal entre um e dez salários mínimos, que residem na capital paulista há pelo menos três anos e que não são proprietárias de imóvel.

Ainda na Zona Leste, 308 moradias estão sendo construídas na Vila Silvia com entrega prevista para este ano. E outras 240 no bairro de Curuçá estão recebendo a ordem de serviço para início das obras. Há ainda mais 640 em projeto aguardando apenas a liberação de terreno para a construção das moradias.

Entre 1995 e 2002, o Governo paulista entregou 39.468 moradias populares na capital. Outras 22.977 unidades foram viabilizadas de 2003 até hoje, com investimento de R$ 776,9 milhões. Destas, 9.230 já foram entregues e outras 13.747 estão em construção.

Em todo o Estado foram construídas 165.608 moradias populares, entre 1995 e 2002. Atualmente, mais 88.761 foram viabilizadas, das quais, 41.816 foram entregues e outras 46.945 estão em produção. Além de reduzir o déficit habitacional, a construção dessas moradias gera cerca de 61 mil empregos diretos e indiretos.

Cíntia Cury