Alckmin entregou, no bairro Santa Cecília, região central da Capital, um prédio com 28 apartamentos, distribuídos em um dormitório, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.
Para Alckmin, este projeto é fundamental para devolver a dignidade às famílias. “Os cortiços são piores que as favelas. Aqui moravam 60 pessoas em situação muito grave”, disse, referindo-se ao local remodelado no bairro Santa Cecília.
A aposentada Elza Monteiro Saldanha, 77 anos, é uma das novas moradoras. Ela relembrou a luta para adquirir a casa própria e classificou a conquista como o dia mais feliz da sua vida.
Alckmin entregou, no bairro Santa Cecília, região central da Capital, um prédio com 28 apartamentos, distribuídos em um dormitório, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.
Programa de Atuação em Cortiços já atendeu 235 famílias em São Paulo. Meta é beneficiar 4 mil até o fim de 2006
Há seis anos, o local era um cortiço. Hoje, é um prédio bem instalado com 28 apartamentos, distribuídos em um dormitório, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. O empreendimento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) entregue nesta quinta-feira, dia 4, pelo governador Geraldo Alckmin no bairro Santa Cecília, região central da Capital, faz parte do Programa de Atuação de Cortiços (PAC), que já beneficiou 235 famílias.
Até o fim de 2006, o objetivo do Governo do Estado é alcançar a marca de 4 mil unidades habitacionais no Centro de São Paulo, sendo a maior parte utilizada na erradicação de cortiços. Para Alckmin, este projeto é fundamental para devolver a dignidade às famílias. “Os cortiços são piores que as favelas. Aqui moravam 60 pessoas em situação muito grave”, disse, referindo-se ao local remodelado no bairro Santa Cecília.
O governador lembrou que o processo de revitalização do centro também passa pela implantação de moradias. “A região central não pode ficar desabitada. É preciso que as pessoas morem nesta região para ajudar a preservá-la e protegê-la”, observou. Ele destacou ainda que não é uma boa solução construir habitações em locais distantes do Centro. “As pessoas depois precisam vir trabalhar por aqui e não há metrô, trem, ou algum sistema de transporte que suporte a demanda”, alertou.
A aposentada Elza Monteiro Saldanha, 77 anos, é uma das novas moradoras. Ela relembrou a luta para adquirir a casa própria e classificou a conquista como o dia mais feliz da sua vida. “Vou me livrar do aluguel de 350 reais por mês para ser dona da minha casa”, disse.
O secretário da Habitação, Barjas Negri, explicou que muitos dos novos moradores do prédio ajudaram na derrubada do cortiço. “É fundamental essa integração entre a CDHU e as associações de moradores”, enfatizou. De acordo com ele, no local existia um casarão da Universidade de São Paulo (USP), que foi ocupado. Depois houve um acordo e os moradores começaram a pagar aluguel para a USP. “E, posteriormente, a CDHU adquiriu o terreno e iniciou a construção do prédio”, explicou.
Além das 235 famílias já beneficiadas, está em execução a implantação de mais 480 moradias na região central para a retirada de cortiços. Negri ressaltou que em todo o Estado, só este ano, foram entregues 11 mil unidades e outras 62 mil estão sendo implantadas nos diversos programas da CDHU.
Aquisição de terrenos
Alckmin anunciou durante o evento que até o fim de setembro o Estado pretende regulamentar a Lei Estadual da Compra da Terra, para permitir que os próprios movimentos de moradia negociem a compra dos terrenos. “Isso irá facilitar as aquisições, pois, muitas vezes, quando o Governo mostra interesse em comprar um terreno o preço se torna mais caro”, informou.
Rogério Vaquero
