Lu Alckmin recebe presidentes de Fundos Sociais do Vale do Ribeira, Baixada Santista e Grande São Pa

Ações desenvolvidas este ano estão sendo avaliadas pela presidente do Fussesp, Lu Alckmin.

ter, 16/12/2003 - 16h41 | Do Portal do Governo


As ações desenvolvidas este ano nos municípios de São Paulo, dentro do Programa de Geração de Renda do Fundo Social de Solidariedade do Estado (Fussesp), estão sendo avaliadas pela presidente do Fussesp, Lu Alckmin. Nesta terça-feira, dia 15, ela recebeu em almoço cerca de 30 presidentes de Fundos municipais da Região Metropolitana de Santos, Codivar (Vale do Ribeira e Alto Ribeira) e Grande São Paulo.

Além de cestas com pães, biscoitos, broas e sonhos produzidos a partir dos kits de Padaria Artesanal distribuídos pelo Fussesp, as presidentes de Fundos Sociais trouxeram histórias de sucesso na geração de renda entre a população mais carente.

Em Bertioga, cidade do Litoral Sul do Estado, o investimento foi em capacitação. De acordo com a presidente do Fundo Municipal de Solidariedade, Christina Goulart, o projeto de capacitação dura dez semanas para cada turma. “Ao invés de formarmos muitos alunos em curto prazo, formamos poucos, a longo prazo. Mas estes alunos saem do curso como multiplicadores das técnicas aprendidas. Nós estamos acompanhando de perto e todos eles, sem exceção, estão se saindo muito bem”, explicou ela.

Isabel Bhering Ribeiro, presidente do Fundo Municipal de Solidariedade (FSM) de São Lourenço da Serra, destacou que, “até 1997, não havia nenhum projeto social implantado na cidade. Nesse ano, por meio de uma verba conseguida junto à Secretaria Assistência e Desenvolvimento Sociall, montamos uma cozinha e uma padaria comunitária. Hoje, depois que a Dona Lu se tornou presidente do Fussesp, nós já trocamos aquele equipamento e implantamos mais três padarias em bairros distantes do centro. Na padaria do centro já foram capacitadas mais de 350 pessoas no decorrer desses anos. As padarias dos bairros, por sua vez, empregam diretamente de cinco a seis pessoas e geram de 15 a 18 empregos indiretos. Além disso, nos primeiros 60 dias, a Prefeitura de São Lourenço garante a matéria-prima, depois, a padaria começa a andar sozinha”.

Já no município de Itanhaém, segundo Amélia Filipinni Bifulco, presidente do FMS, o investimento das Padarias Artesanais foi na exploração das frutas nativas. “Nós fizemos panetones com banana-passa, que ficaram deliciosos e ‘lights’, pois não precisou ser adicionado açúcar. Naquele tradicional enrroladinho, nós substituímos a goiabada por bananada e, no pão, adicionamos banana-nanica. A idéia é essa, cada região usar com criatividade aquilo de que dispõe em abundância, para criar produtos gostosos e diferenciados”, afirmou Amélia Bifulco.

Sandra Regina Moreira da Silva, presidente do FSM de Registro, Vale do Ribeira, informou que lá são seis padarias artesanais, localizadas nos bairros mais carentes da cidade. “Todas estão funcionando perfeitamente e gerando renda para as pessoas envolvidas no projeto”, ressaltou ela.

Em Guarujá, uma das padarias artesanais foi implantada em uma unidade de tratamento de saúde mental. Dessa forma, os pacientes têm oportunidade de aprender a trabalhar com a massa de pães e bolos, além de levar para casa o produto de seu trabalho. Este procedimento aumenta a auto-estima dos pacientes e contribui no tratamento. Segundo a presidente do FSM, Maria Regina Leal Mariano, “o programa de padarias artesanais de Guarujá tem sido um sucesso. Já formou quase três mil pessoas e, pelos depoimentos, muitos dos envolvidos já estão conseguindo auferir renda. Eu espero que tanto o Fussesp quanto os empresários que contribuem continuem com este trabalho”, declarou Maria Regina.

Lu Alckmin explicou que o programa de Padaria Artesanal está entrando na terceira etapa. “A primeira foi capacitar para a produção de pães. Na segunda, que também já foi concluída, as pessoas aprenderam a fazer bolos, biscoitos e tortas. A partir de fevereiro, estaremos ensinando em todo o Estado a produzir alimentos utilizando a mandioca, que é um alimento de fácil cultivo, nutritivo e gostoso. São mais de 20 itens, como empada, pão de queijo, nhoque e torta feitos com mandioca”, disse.

Na cidade de Ribeira, por haver uma grande quantidade de mandioca disponível, já estão sendo realizadas experiências bem-sucedidas com o produto. Segundo Rosana Haik Vitorasse Dias Batista, presidente do FSM, “nós produzimos o pão de mandioca, o pudim e a queijadinha, enfim, são 20 produtos derivados da mandioca. Todos deliciosos”, disse ela.

A presidente do Fussesp também destacou o convênio estabelecido com o Servido de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) para a formação de cooperativas e microempresas. “Já começamos na Capital, onde 21 entidades capacitaram multiplicadores e, no início do próximo ano, levaremos para o Interior e também para todas as escolas estaduais”, afirmou.

O programa de Padaria Artesanal está sendo implantado em mais de seis mil escolas públicas de todo o Estado que abrem suas portas à comunidade nos fins de semana para a prática de atividades esportivas, culturais e de lazer, dentro do programa Escola da Família.