Lu Alckmin participa da formatura de alunos do Programa de Geração de Renda do Fundo Social

Lu Alckmin agradeceu aos parceiros e professores dos cursos: “Fico feliz por ter pessoas tão competentes ao meu lado, pessoas que, como eu, acreditam que podem transformar a sociedade em que vivemos. Nosso objetivo é chamar as pessoas a enxergar o próximo, pois acredito que só podemos mudar o mundo com solidariedade. E é solidariedade que o Fundo Social procura passar”.

“Me emociona ouvir histórias de pessoas que nunca tocaram numa agulha, nunca usaram uma máquina de costura, nunca fizeram trabalhos artesanais, hoje estão aqui, capacitadas profissionalmente. Tão importante quanto gerar empregos e renda, é o resgate da dignidade. Ver que todos são capazes”, orgulhou-se a presidente do Fussesp.

O Programa de Geração de Renda, do Fundo Social, ensina a confeccionar peças de alta qualidade, sendo este seu diferencial. Dessa forma, os produtos encontram grande aceitação nas lojas, atendendo a um público que busca novidades. Os cursos de capacitação têm duração de um mês e meio e aproximadamente 90 alunos freqüentam as aulas, que são realizadas em dois dias da semana. As especialidades são: bordado em linha, bordado em pedraria, confecção de caixas em tecido, costura de edredons, jogos americanos, almofadas, bolsas e patchwork (costura de retalhos). Os cursos contam também com o apoio da iniciativa privada, que muitas vezes doa os materiais necessários para o aprendizado, como tecidos e linhas.

Os alunos dos cursos também se sentem especiais. Maria Jacqueline, 17 anos, mora no bairro da Ponte Rasa e fez curso de confecção de caixas em tecido. Ficou sabendo do curso pelo líder comunitário de seu bairro, que é amigo de sua mãe. Ela conta que sempre gostou de mexer com tecidos e artesanato, por isso se interessou pelo curso. Hoje ela produz caixas, porta-retratos, agendas e vende em sua casa. Acredita que graças a essa capacitação e a possibilidade da nova fonte de renda, vai conseguir guardar dinheiro para pagar a tão sonhada faculdade. “A experiência valeu muito para mim, fiquei mais responsável, além de ter feito muitos amigos. Parte do dinheiro que estou ganhando com os produtos que vendo eu uso para ajudar nos gastos da casa. O restante estou guardando para pagar meus estudos no ano que vem”, contou animada.

Já a moradora de Pirituba, Valci Coutinho, de 43 anos, diz que estava ansiosa há muito tempo para voltar a trabalhar. Mas, por conta de sua idade e do tempo que estava parada, não conseguia arrumar emprego e isso a deixou muito desanimada. Ela trabalhava em escritório até se casar, ter dois filhos, hoje com 16 e 11 anos, e ter virado dona de casa. Depois do curso de costura que fez, Valci recobrou sua autoconfiança e vontade de trabalhar. “Começo a trabalhar numa oficina de costura amanhã. Fui lá com a cara e a coragem e abri o jogo. Contei que tinha feito o curso, mas que não tinha prática, nem nunca trabalhado na área. Acreditaram em mim e me ligaram ontem falando que queriam me contratar”, relatou entusiasmada.

Outro caso especial é o de Cristina, 34 anos, que mora em Cidade Tiradentes. Desempregada há mais de dois anos, Cristina andava muito desanimada e desestimulada. Até sua mãe, que trabalha no Fussesp, a levou para conhecer os cursos. Primeiro ela se interessou pelo de bordado com pedrarias, mas depois de ver algumas bolsas feitas por outras alunas, acabou se encantando pelo de costura. “Hoje sei que sou capaz de costurar, de criar. Antes não acreditava em mim e nem tinha vontade de aprender as coisas. O curso me abriu novos horizontes”, relatou. Cristina contou também que era muito tímida e tinha dificuldade para fazer novas amizades, agora se relaciona bem com as pessoas e fez muitos amigos nas aulas. Além disso, ela começou a trabalhar com uma vizinha que terceiriza serviços para uma confecção de calça jeans infantil. E gosta cada dia mais de costurar.

Sheila Silva Aragão, 22 anos, é outra entusiasta do programa do Fundo Social. Até começar as aulas de bordado com pedrarias, ela passava o dia todo em casa, sem vontade de fazer nada. Estava desempregada há um ano e não tinha ânimo de ir atrás de um novo trabalho. O curso, além de ter dado uma injeção de ânimo em Sheila, a trouxe uma surpresa. Ela foi contratada pelo Fussesp e é uma de suas mais novas professoras. “Esses cursos do Programa de Geração de Renda são ótimos. Capacitam de verdade e trazem novas oportunidades para pessoas que estavam desanimadas e desempregadas, como eu. Acabamos nos animando porque vemos que somos capazes e que conseguimos desenvolver um bom trabalho”, afirmou.

Segundo Lu Alckmin, os projetos Geração de Renda “levam ética, cidadania, saúde e dignidade às pessoas carentes. Seguem o enfoque principal do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, que é desenvolver programas que visam, principalmente, ações que exercitam a solidariedade educacional, possibilitando a capacitação de agentes multiplicadores, geração de emprego e ampliação de renda”.

Na Capital, as pessoas interessadas em participar do Programa podem procurar as entidades sociais e associações cadastradas no Fussesp, onde as líderes comunitária encaminham os moradores para a capacitação.

Programa Geração de Renda no interior

No interior do Estado, o Programa de Geração de Emprego e Renda apóia os municípios na implantação de projetos que capacitam, geram renda e emprego. Os recursos são repassados pelo Fundo Social de Solidariedade aos Fundos Municipais, que elaboram projetos voltados às necessidades regionais. Já foram repassados R$ 8 mil a todos os Fundos Municipais, em convênios para aquisição de material permanente e implantação do projeto. Agora serão liberados mais R$ 10 mil para criação ou ampliação dos projetos existentes.

A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Lu Alckmin, está realizando reuniões de avaliações dos Programas de Geração de Renda em todas as regiões dos Estado. Nesses encontros são apresentados os resultados conseguidos pelos Fundos Municipais e todos trocam experiências.

Adriana Fares