Lu Alckmin anuncia liberação de recursos para Região de Ribeirão Preto

Reunião com presidentes de Fundos Municipais avalia os programas de capacitação e geração de renda.

seg, 29/08/2005 - 11h43 | Do Portal do Governo


A presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Paulo, Lu Alckmin, realizou na última sexta-feira, dia 26, em Miguelópolis, uma reunião de avaliação dos projetos de Geração de Renda implantados em 23 municípios da região de Ribeirão Preto. Na ocasião ela anunciou a liberação de R$ 10 mil reais para cada cidade ampliar ou implantar programas que possam capacitar a população carente. Estavam presentes o prefeito de Miguelópolis, Cristiano Barbosa Moura, a presidente do Fundo Municipal de Solidariedade, Luciane Garofo Stábile Moura, além de presidentes de Fundos Municipais da região que apresentaram suas ações.

No dia, Lu Alckmin e Luciane Garofo Stábile Moura inauguraram o CEAP – Centro de Apoio Profissionalizante. No local serão ministrados cursos de preparação profissional para a população mais carente do município e região. Alguns deles são: corte e costura, panificação artesanal, cursos em parceria com o Sebrae, Banco do Povo, cabeleireiro, inclusão digital, entre outros.

Avaliação e troca de experiências

Além da avaliação dos resultados obtidos com o programa de capacitação, geração de emprego e renda do Fundo Social, o encontro promove a troca de experiências das presidentes de fundos municipais, por meio de relatos de atividades e conhecimento dos programas criados em cada cidade para seus moradores.

Em Miguelópolis, o projeto das Padarias Artesanais atende, prioritariamente, as famílias cadastradas no programa do Governo do Estado, Renda Cidadã, onde cada família recebe auxílio de R$ 60,00 por mês durante dois anos.Os dois projetos foram associados para que as famílias aprendam as receitas e tenham condições de comprar os ingredientes. A Partilha é outro projeto da cidade. Desenvolvido pela Pastoral da Criança em parceria com o Fundo Municipal, que enviou uma Padaria itinerante para o local. As Líderes da Pastoral foram capacitadas na panificação artesanal e se tornaram multiplicadoras. A partir daí, passaram a ensinar as mães das crianças e a orientá-las em como comercializar seus produtos.

De acordo com dados fornecidos pela Associação Comercial de Batatais, as confecções instaladas no município contam com 3 mil funcionários. E existe um crescimento na demanda de mão de obra especializada nesse setor. Por isso, a presidente do Fundo Municipal de Solidariedade pretende investir os R$ 10 mil, a serem liberados pelo Fussesp, na ampliação do programa de capacitação e geração de renda Tesoura de Ouro. Em parceria com a prefeitura, é feito o cadastramento das pessoas interessadas em participar do curso de corte e costura industrial, cuja duração é de seis meses.

Atividades no Tear e Reciclagem de Papel são os cursos de capacitação do município de Franca, implantados com os R$ 8 mil liberados anteriormente pelo Fundo Social. Com muita criatividade, as pessoas aprendem a confeccionar tapetes diferenciados no tear, com retalhos doados pelas confecções do município. Posteriormente, eles são comercializados em lojas e supermercados, além da venda em feiras. Foi a forma simples e rápida encontrada pelo Fundo Municipal para aumentar a renda da população mais carente. Já o projeto de Reciclagem de Papel atende principalmente dependentes químicos em processo de recuperação. Além de funcionar como terapia ocupacional, o projeto ainda gera renda a quem participa. A produção é proporcional às encomendas, feitas por empresas especializadas na confecção de pastas, cartões e objetos de decoração.

Na cidade de Guará, o programa Espaço da Beleza consiste na adequação de um local para a capacitação das pessoas em atividades desenvolvidas em salões de beleza. Com duração de seis meses, os cursos de corte e tintura de cabelos têm a duração de seis meses e forma 40 pessoas por vez. Já os cursos de manicure e pedicure são mais rápidos, levam três meses e formam 45 pessoas. Segundo a presidente do Fundo Municipal, Carmem Migliori, os formandos saem com seus diplomas e renda garantida. Ela conta que muitas delas estão trabalhando em salões e outras por conta própria. Para ilustrar, fica a história da ex-trabalhadora rural, Maria Clara da Silva Souza, que após a capacitação voltou para seu estado de origem, o Piauí. E de lá, ela ligou para o Fundo Municipal para contar que já estava trabalhando na área e que a qualidade de sua vida havia melhorado muito.

Com os R$ 10 mil, o fundo Municipal pretende ampliar um outro programa de geração de renda que atende a demanda de mão de obra de empresas de calçados do município: Pesponto de Calçados. Os cursos, de 120 horas, beneficiam muitos trabalhadores, que permanecem alguns meses na lavoura de cana e o restante do ano não têm do que viver.

Em Ituverava, o programa de marcenaria Fazendo Arte surgiu da necessidade de atender crianças e adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, em situação de risco e exclusão social. É uma oficina de marcenaria montada em parceria do Fundo Social, que destinou os R$ 8 mil recebidos pelo Fussesp para a implantação de um programa de geração de renda. Além da capacitação em peças de madeira, os aprendizes ainda desenvolvem atividades esportivas, recebem acompanhamento psicológico e escolar. Os objetos produzidos são vendidos em três versões: madeira crua, com pintura de fundo para alunos em artesanato e os objetos com acabamento final. Da renda obtida com a venda dos objetos, 60% é destinada ao pagamento dos aprendizes, 10% repassado ao Fundo Municipal e 30% utilizado para a reposição de matéria prima. Os objetos são vendidos por encomenda do comércio do município e no Espaço Solidário, composto por 5 casas cedidas por uma empresa privada.

Com menos de dois meses de funcionamento, o programa já cumpre um de seus objetivos, que é o da inserção do adolescente no mercado de trabalho. Maria Aparecida José dos Santos, 15 anos, uma das participantes do projeto, foi contratada por uma agência do Banco do Brasil para participar do programa Adolescente Trabalhador, onde desempenhará funções administrativas. “Estou muito feliz por esta oportunidade e aliviada, pois terei condições de contribuir com a renda da minha família. Acredito que participar do projeto foi muito importante para que eu conhecesse uma nova pessoa dentro de mim”, diz Maria Aparecida.

Lu Alckmin aproveitou a ocasião para informar que a Receita Federal repassou 200 toneladas de tecido para o Fundo Social. Os municípios que adquirirem máquinas de costura com a verba repassada podem receber parte dessa doação. Assim, o programa atinge duas metas: capacitar pessoas e utilizar a produção para atender os necessitados de cada cidade.

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    Adriana Fares