Lu Alckmin anuncia liberação de recursos para as regiões de Araraquara e São Carlos

A reunião foi realizada com presidentes de Fundos Municipais de 25 municípios

qua, 19/10/2005 - 16h43 | Do Portal do Governo

A presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Paulo (Fussesp), Lu Alckmin, realizou nesta semana, no Clube de Campo de Itápolis, uma reunião de avaliação dos projetos de Geração de Renda implantados em 25 municípios da região de Ribeirão Preto.

Na ocasião, Lu Alckmin anunciou a liberação de R$ 10 mil reais para cada cidade ampliar ou implantar programas que possam capacitar a população carente. Aproveitou também para informar que a Receita Federal repassou 250 toneladas de tecido para o Fundo Social e os municípios que adquirirem máquinas de costura, com a verba repassada, podem receber parte dessa doação. Assim o programa atinge duas metas: capacitar pessoas e utilizar a produção para atender os necessitados de cada cidade.

Estavam presentes o prefeito da cidade anfitriã, Moacyr Zitellii, a primeira-dama Alta Polaco Zitelli, e a presidente do Fundo Municipal de Solidariedade, Ivana Christina, além de presidentes de Fundos Municipais da região que apresentaram suas ações.

Avaliação e troca de experiências

Além da avaliação dos resultados obtidos com o programa de capacitação, geração de emprego e renda do Fundo Social, o encontro promoveu a troca de experiências das presidentes de fundos municipais, por meio de relatos de atividades e conhecimento dos programas criados em cada cidade para seus moradores.

Em Araraquara, o programa de coleta seletiva de lixo Resgate Sócio Ambiental foi implantado com os R$ 8 mil liberados pelo Fundo Social de Solidariedade, em 2002. Hoje, são 43 pessoas que trabalham no espaço chamado Usina de Reciclagem e Cospotagem do Lixo Urbano, com horários e tarefas definidas por uma Associação presidida por Helena Francisco da Silva. Com 50 anos, Helena conta que tudo começou quando ela encontrava-se desempregada e com 5 filhos para criar. Sem alternativas virou catadora de material no lixão da cidade, de forma desorganizada. Ao lidar com aquela situação que excluí as pessoas do processo de produção e também diminui a dignidade, preparou um projeto de reciclagem e obteve o apoio do fundo Municipal. Fundou a Associação que viabiliza o projeto atual. Como depoimento diz: “todas as pessoas são capazes, inclusive as que estão dentro do lixão. O que é preciso é oportunidade Para que as pessoas possam desenvolver seus potenciais e, consequentemente, qualidade de vida”. Hoje, eles ganham mensalmente R$ 400,00.

Outro projeto que merece ser citado é o “Reciclando Vidas”, cujo objetivo é a inclusão de jovens e suas famílias na sociedade, promovendo a educação para a cidadania e a formação para o trabalho em resíduos e reciclagem de papel. O projeto conta com parcerias da iniciativa privada que proporcionam aos aprendizes uma bolsa auxílio no valor de R$ 150,00 por mês. Outra etapa desse programa é a implantação da capacitação em corte e costura industrial para as mães destas crianças e adolescentes, de forma a desenvolver um trabalho de inclusão social e auto-suficiência para toda a família. Para tanto, serão utilizados os R$ 10 mil a serem liberados pelo Fundo Social.

A Padaria Artesanal de Araraquara já capacitou mais de 700 pessoas e foi integrada ao projeto Escola no Campo, instalada dentro de um assentamento. Além dos adultos, as crianças também aprendem as técnicas de panificação que incluem aulas de várias matérias, entre as quais matemática. O programa recebeu um prêmio da Fundação Getúlio Vargas, cuja matéria foi publicada na revista Desafios de maio deste ano.

Em Borborema a diferença é o certificado de capacitação em panificação artesanal, o qual possibilita a realização de empréstimos no Banco do Povo para a implantação de seus próprios negócios. Quem participa dos cursos também aprende técnicas de aproveitamento de alimentos, como receitas de pastel de casca de abóbora e brigadeiro de beterraba. Como a cidade é agrícola, outra possibilidade para quem se capacita nas Padarias Artesanais é a venda de produtos, durante a madrugada, para os trabalhadores rurais no corte de cana. Elas chegam a ganhar mais de R$ 150,00 por mês.

Em Dobrada, o Fundo Municipal implantou com os R$ 8 mil o projeto “Soldando a Comunidade” e criou a “Cooperativa Metalúrgica Dobradense”, a qual presta serviços em “solda MIG” para grandes metalúrgicas e ainda oferece aos alunos em solda MIG a possibilidade de inseri-los no mercado de trabalho. O resultado já é comprovado. Várias pessoas capacitadas prestam serviços para a empresa Marchesan Implementos e Máquinas Agrícolas Tatu Sociedade Anônima.

O programa de capacitação e geração de renda “Fiação e Tecelagem de Lã” do município de Motuca, é voltado para a produção e comercialização de artigos de lá e de fibras de bananeira e palha de milho. Hoje são 16 famílias confeccionando mantas, tapetes, echarpes, chalés, ponches, entre outros artigos. O projeto está proporcionando renda também para pessoas envolvidas indiretamente no processo da confecção das peças, como àquelas que preparam a lã e fibras para a fiação. Um exemplo recente do sucesso do Fiação e Tecelagem é a encomenda recebida de um grande restaurante de São José do Rio Preto para a confecção de 100 jogos americanos de fibra de bananeira. As pessoas ganham de acordo com a produção e o mínimo que recebem está em torno de R$ 250,00 por mês. Já os R$ 10 mil a serem liberados pelo Fundo Social serão utilizados na aquisição de equipamentos para a implantação de um projeto de Reciclagem de Lixo e Prensa para comercialização.

Em Santa Rita do Passa Quatro, 22 mulheres foram capacitadas em Corte e Costura industrial e formaram uma Cooperativa. As peças são vendidas para o comércio e população do município. E com a instalação de uma confecção de jeans no município, o fundo municipal pretende ampliar o programa para qualificar a mão de obra e atender a futura demanda. O ganho mensal dessas mulheres é de R$ 450,00.

Para Lu Alckmin, os projetos Geração de Renda “levam ética, cidadania, saúde e dignidade às pessoas carentes. Seguem o enfoque principal do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, que é desenvolver programas que visam, principalmente, ações que exercitam a solidariedade educacional, possibilitando a capacitação de agentes multiplicadores, geração de emprego e ampliação de renda”. Lu Alckmin credita o sucesso desse trabalho ao empenho e à participação das primeiras-damas dos municípios, às líderes comunitárias, profissionais da área da educação e aos vários parceiros dos Programas. Os beneficiários são os 645 municípios do Estado, as 2.500 entidades sociais da capital e as associações de Favelas cadastradas no Fussesp.

Ao longo do período em que está à frente do Fundo Social, Lu Alckmin vem desenvolvendo, além do programa Geração de Renda, o projeto Padarias Artesanais e outras ações que contam com a participação da iniciativa privada, da sociedade civil e de parcerias governamentais. Entre eles, destacam-se: Casa de Brinquedos, Jogos Regionais dos Idosos, Campanha do Agasalho e Semana da Solidariedade.

Municípios que participam do encontro

Os 25 municípios da região de Ribeirão Preto participantes do evento são: Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Descalvado, Dobrada, Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté, Ibitinga, Matão, Motuca, Nova Europa, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Rincão, Santa Ernestina, Santa Lucia, Santa Rita do Passa Quatro, São Carlos, Tabatinga, Taquaritinga, Trabijú.

Municípios já visitados

Municípios que já realizaram o evento são: Taciba, Adamantina, Araçatuba, Jaú, Duartina, Sud Menucci, Itu, Urânia, Taquarituba, Angatuba, Nhandeara, Marília, Taubaté, Carapicuíba (Grande São Paulo), Tupã, Pirassununga, Queluz, Miguelópolis, Olímpia, Cravinhos, Urupês, Poloni, Franco da Rocha (Grande São Paulo), Itatiba.

Mais informações podem ser obtidas no Fussesp pelo telefone (11) 3874-6952 e no Fundo Municipal de Solidariedade de Itápolis pelo telefone (16) 3262 1110.

Assessoria de Imprensa