Lazer: Passeio de Metrô pela história de São Paulo

Transportes sobre trilhos ajuda paulistano a conhecer a cidade gastando pouco

ter, 28/09/2004 - 14h00 | Do Portal do Governo

Uma boa opção, interessante e barata, para o final de semana do paulistano é um passeio pelo centro velho de São Paulo. Indo de Metrô e descendo na estação Sé chega-se à Catedral da Sé, a maior igreja de São Paulo, em estilo gótico modificado, cuja construção foi iniciada em 1913 e só terminou quatro décadas depois, em razão, sobretudo, da utilização de granito na maior parte das paredes.

O Centro Cultural da Caixa Econômica Federal (rua Roberto Simonsen, 97) e o Pátio do Colégio (na praça Pátio do Colégio, 2) também são boas opções culturais, nas imediações da estação Sé. O Centro Cultural da Caixa funciona de terça a domingo, das 9 às 21 horas, e tem sempre uma boa exposição em cartaz.

Falar sobre o Pátio do Colégio é relembrar as origens de uma cidade que é considerada, hoje, a terceira maior do mundo em população. Sob os olhares curiosos dos Guainás e Tupiniquins, um grupo de treze padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a Serra do Mar chegando ao Planalto de Piratininga. Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.

Indo até a estação São Bento é possível conhecer outros pontos turísticos importantes. O Mosteiro e Colégio de São Bento, no largo de São Bento, s/n°, é um deles. A fundação do Mosteiro de São Bento data do fim do século XVI, ou mais exatamente, de 14 de julho de 1598.

O mosteiro teve como fundador um paulista de nome Simão Luís, nascido em São Vicente, que mais tarde passou para a história com o nome de frei Mauro Teixeira, discípulo do padre José de Anchieta. Ele conheceu o cacique Tibiriçá e, anos depois, construiu, no mesmo local onde existira a taba deste famoso índio, uma igreja em homenagem a São Bento. Aí levantou um pequeno santuário, que conservou, durante algum tempo, sob seus cuidados.

Ainda próximo à estação São Bento, na rua XV de novembro, 275, está a Bolsa de Valores de São Paulo, que começou a abrir suas portas aos sábados, das 13 às 18 horas, e aos domingos, das 10 às 18 horas, para que a população possa descobrir o que é o mercado de ações, o papel das corretoras de valores e como se tornar sócio das principais empresas do País.

Outro centro cultural importante da cidade é o do Banco do Brasil, na rua Álvares Penteado, 112, que funciona de terça a domingo, das 10 às 21 horas. Além das exposições e da livraria, também existe um restaurante e um café no local.

Para quem quer conhecer o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo, construído pelo empreendedor italiano Giuseppe Martinelli, é só dar uma ‘esticadinha’ até a esquina da rua São Bento com a avenida São João, com acesso também pela rua Líbero Badaró.

Lá encontrará o edifício Martinelli, uma construção ainda imponente e de arquitetura expressiva, com 25 andares e 100 metros de altura, que iniciou-se em 1922 e foi finalizada em 1930.Foi durante muitos anos o símbolo da pujança paulistana, fazendo até mesmo com que celebridades internacionais viessem ao Brasil para conhecê-lo, perdendo, mais tarde, o título de prédio mais alto para o Edifício Banespa, de 36 andares, construído nas suas proximidades.

Da Assessoria de Imprensa do Metrô

V.C.