As 89 crianças e adolescentes atendidos em tempo integral pela entidade, que há 24 anos é mantida por meio de trabalho voluntário e doações, assistiram apresentações de números circenses protagonizados por jovens da mesma faixa etária.
O evento deste domingo, dia 19 de setembro, da Semana da Solidariedade foi realizado na Casa da Criança Betinho – Lar Espírita para Excepcionais, localizado na Rua Vacanga, nº 300, na Vila Carrão Zona Leste da Capital.
Até o final da Semana da Solidariedade serão realizados mais cinco eventos, todos com o mesmo objetivo: envolver, sensibilizar e propiciar a disseminação de ações de solidariedade e responsabilidade social para o desenvolvimento efetivo da cidadania.
As 89 crianças e adolescentes atendidos em tempo integral pela entidade, que há 24 anos é mantida por meio de trabalho voluntário e doações, assistiram apresentações de números circenses protagonizados por jovens da mesma faixa etária.
O evento deste domingo, dia 19 de setembro, da Semana da Solidariedade foi realizado na Casa da Criança Betinho – Lar Espírita para Excepcionais, localizado na Rua Vacanga, nº 300, na Vila Carrão Zona Leste da Capital. As 89 crianças e adolescentes atendidos em tempo integral pela entidade, que há 24 anos é mantida por meio de trabalho voluntário e doações, assistiram apresentações de números circenses protagonizados por jovens da mesma faixa etária. Os shows de adolescentes contorcionistas e de crianças de 4 a 6 nos que fizeram malabarismo com pratos foram os mais aplaudidos.
Até o final da Semana da Solidariedade, na próxima terça-feira, dia 21, serão realizados mais cinco eventos, todos com o mesmo objetivo: envolver, sensibilizar e propiciar a disseminação de ações de solidariedade e responsabilidade social para o desenvolvimento efetivo da cidadania. Ao todo serão visitadas pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp) 14 entidades que atendem deficientes carentes. Nesses locais, além de eventos culturais, estão sendo promovidas palestras e ações de apoio, organizadas por secretarias de Governo, autarquias, organizações não governamentais (ONGs), entidades sociais e empresariais.
O Fussesp lançou nesta semana o folheto “Desafio de Respeitar o Ser Humano e Entender as Diferenças”, com orientações para a população sobre como colaborar, no dia a dia, com essas pessoas. Os folhetos serão distribuídos nas praças de pedágios das rodovias paulistas, nos terminais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e nas estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em todo o Estado, as presidentes dos Fundos Sociais estão mobilizando suas comunidades para essa causa.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ethos revelou que, entre os brasileiros com deficiência, nove milhões estão em idade para trabalhar. No entanto, apenas um milhão exerce atividades remuneradas e desses apenas 200 mil com carteira assinada.
De acordo com o último Censo do IBGE, 14,5% da população brasileira são pessoas com deficiência, representando 24 milhões de pessoas, das quais quatro milhões moram no Estado de São Paulo.
Para a presidente do Fussesp, Lu Alckmin, é preciso que haja compromisso ético da população com a diversidade, o respeito com as diferenças e a igualdade de chances para que todos possam desenvolver seus potencias. “Todo cidadão tem direito à educação, lazer trabalho e esporte…Direito à vida e é assim que se faz a inclusão”.
A diretora da Casa do Betinho, Joceleine Teixeira Costa, que trabalha no local desde a inauguração em 6 de outubro de 1979, declara que todos os dias sai mais forte da entidade, que foi criada a partir do pedido de uma criança de 7 anos. Betinho, irmão de Joceleine, pediu ao pai que construísse uma casa para crianças carentes, pouco antes de morrer após quebrar o fêmur e contrair tuberculose.
Segundo Joceleine, a maioria das crianças atendidas é deficiente acamada, de tratamento muito difícil e carente (muitas foram abandonadas pelos pais). Para cuidar das 89 crianças em tempo integral, a casa conta com 105 funcionários, entre fisioterapeutas, psicólogos, médicos, enfermeiros, cozinheiras e administrativos. Ela disse que, desde a inauguração, foram adotadas sete crianças. “Atendemos crianças com deficiência profunda, que, infelizmente, não saem daqui para uma integração social ativa, em função da própria patologia delas”.
Maicon, de 15 anos, que está na Casa do Betinho desde os 4 anos de idade, encerrou o evento cantando um trecho de uma música do Roberto Carlos em homenagem aos funcionários e colegas da instituição. O garoto cantou “Como é lindo o meu amor por você” e, em seguida, pediu para que todos rezassem com ele um “Pai Nosso”, encerrando de forma muito positiva um evento em que se pode entender o verdadeiro sentido da palavra solidariedade.
