Justiça: Seda pode gerar renda extra em assentamento

A atividade está sendo feita por 16 produtores rurais assentados de Presidente Bernardes

qui, 12/08/2004 - 15h49 | Do Portal do Governo

A sericicultura é a nova aposta de 16 produtores rurais assentados do município de Presidente Bernardes, região Oeste do Estado. A atividade, que está sendo iniciada em parceria com a empresa Bratac, deve garantir uma renda extra a cada família de R$ 700.

Pelo projeto, a Bratac oferece as mudas de amoreira e as larvas do bicho-da-seda, além de insumos para a produção. Os assentados já plantaram as amoreiras, cujas folhas são o principal alimento das larvas, e agora estão construindo os galpões que irão abrigá-las.

A madeira para a construção dos galpões foi doada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A prefeitura de Presidente Bernardes também colaborou, fornecendo um trator para o preparo do terreno. O projeto conta ainda com o apoio da Fundação Instituto de Terras (Itesp), entidade vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

José Roberto Dias, 35 anos, morador do assentamento Florestan Fernandes, explica que os produtores ficam responsáveis pela criação das larvas até a formação dos casulos, que depois são comprados pela Bratac. O preço atualmente é de R$ 6 o quilo. ‘Vamos começar a produção em dezembro’, explica.

De acordo com o técnico em desenvolvimento agrário do Itesp José Luiz Vaitkevicius, a sericicultura é uma atividade muito apropriada para a agricultura familiar. ‘O investimento necessário é pequeno, 80% do custo é mão-de-obra. E todo o trabalho pode ser executado pela própria família’.

Participam do projeto produtores dos assentamentos Florestan Fernandes, Palu e Rodeio. Eles ainda aguardam a liberação de crédito no valor de R$ 4 mil pelo BB Convir (Convênios de Integração Rural) para a compra de materiais e insumos. O BB Convir é um instrumento criado pelo Banco do Brasil para financiar cadeias de fornecedores com a participação de indústrias.

Para o diretor-executivo do Itesp, Jonas Villas Bôas, atividades alternativas, como a sericicultura, caracterizam o modelo agrícola fomentado pelo Governo do Estado para os assentamentos. ‘O agricultor familiar não pode ficar dependente de uma única atividade. A diversificação é fundamental para a sua estabilidade econômica. E parcerias como essa, com a iniciativa privada, são sempre bem-vindas’, comenta.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania

M.J.