A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania vai reunir em outubro, em São Paulo, especialistas do Brasil e dos Estados Unidos para discutir as questões relacionadas ao tráfico internacional de mulheres. Para a Organização das Nações Unidas, o tráfico de pessoas é a terceira atividade mais rentável dentre as praticadas pelo crime organizado, vindo logo após o de drogas e o de armas.
No Seminário Internacional Tráfico de Mulheres, que vai ser realizado nos dias 6 e 7 de outubro, representantes dos governos federal e estadual, juristas, convidados estrangeiros e membros de diversas organizações não-governamentais discutirão medidas efetivas no combate a esse tráfico. O resultado do trabalho será aplicado na criação do Escritório Permanente de Combate ao Tráfico de Mulheres, que centralizará a ação de órgãos públicos e de organizações não-governamentais.
As quadrilhas agem de forma parecida no mundo todo: atraem jovens mulheres com a promessa de empregos bem remunerados na área artística. Só que, no lugar de trabalhos regulares, como modelos ou dançarinas, estas jovens acabam nas mãos de redes de prostituição.
Brasileiras vivem este drama na Europa e, mesmo, nos países vizinhos da América do Sul, como Paraguai e Guiana Francesa; jovens russas e ucranianas são aliciadas para se prostituir na Europa Ocidental; latino-americanas, nos Estados Unidos; mulheres chinesas, em outros países asiáticos. É, enfim, uma tragédia que afeta centenas de milhares de pessoas em todos os continentes.
Além da Secretaria da Segurança e da Defesa da Cidadania, o seminário será realizado em colaboração com o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, o Conselho Estadual da Condição Feminina, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, e as Ongs Elas por Elas na Política e Cladem – Comitê Latino-americano e do Caribe de Defesa dos Direitos da Mulher.
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
(AM)
