O Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, participou ontem, dia 29, de uma reunião com representantes do Poder Legislativo e membros de entidades representativas dos trabalhadores das empresas paulistas ligadas à Parmalat.
O encontro teve como objetivo estabelecer o segundo passo de ação do Governo do Estado de São Paulo em relação à proteção aos trabalhadores das empresas controladas pela multinacional italiana. No último dia 11 de março, o secretário e o presidente da Jucesp, Marcelo Manhães, entregaram ao procurador-geral de Justiça do Estado, Luiz Antônio Marrey, e ao presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Elias Tâmbara, dados sobre uma minuciosa apuração da estrutura societária do Grupo Parmalat.
O levantamento mostra toda a estrutura societária das empresas controladas pela multinacional italiana no Estado de São Paulo e revela também registros de autorizações para contrair empréstimos cujos valores, somente considerando duas das 18 empresas que compõem a Parmalat/São Paulo, chegam a US$ 1,3 bilhão.
De acordo com Alexandre de Moraes, estas informações são de extrema importância para o rastreamento dos recursos movimentados por estas empresas e que podem ser utilizados para a manutenção dos empregos e das cadeias produtivas do estado. “O que nos interessa é diminuir ao máximo o prejuízo dos trabalhadores que fazem parte das empresas ligadas ao grupo Parmalat”, disse.
Segundo o levantamento, as duas principais cadeias produtivas do Estado estão nas regiões de Araçatuba e Jundiaí. Para Moraes, a medida permite que sejam elaboradas estratégias particulares para cada um dos casos. “Isolando cada uma das empresas, conseguiremos evitar uma sangria desnecessária de recursos das unidades”, salientou.
“Agora, vamos contar com a parceria dos municípios para conseguir informações sobre a real situação de cada unidade de produção das empresas. Vamos sobrepor ao mapa da estrutura societária o mapa da realidade”, afirmou o secretário.
Para o secretário de Ciências e Tecnologia, João Carlos de Souza Meirelles, os objetivos desta ação são a busca por uma solução institucional para as empresas controladas pela multinacional italiana e a manutenção dos empregos e também das cadeias produtivas nos municípios paulistas.
O Deputado Federal Julio Semeghini (PSDB) parabenizou a iniciativa e ressaltou a qualidade do trabalho realizado, afirmando que o mapeamento é uma importante ferramenta nas investigações do caso Parmalat. “Com este trabalho da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania tenho certeza que teremos mais força para lutar por uma CPI”, finalizou.
Estiveram presentes ao evento também os deputados estaduais Zico Prado (PT), Simão Pedro (PT) e Mauro Menuchi (PT), o prefeito de Araçatuba, Jorge Maluly Neto (PFL), o secretário de Desenvolvimento Econômico de Jundiaí, Jamil Jacomello, o prefeito de Piacatu, Euclásio Garruti, e demais representantes de entidades de classes das regiões de Araçatuba e Jundiaí.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
(AM)
