Justiça: Pesquisa do Procon-SP constata queda nas taxas cobradas pela maioria dos bancos

Taxas de cheque especial caíram, em média, 0,67 pontos percentuais no mês de setembro

ter, 16/09/2003 - 20h17 | Do Portal do Governo

As taxas de cheque especial caíram, em média, 0,67 pontos percentuais no mês de setembro. Esse foi um dos resultados obtidos no pesquisa de juros bancários, realizada em doze instituições financeiras, pela Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo. A pesquisa, realizada entre os dias 8 e 9 deste mês, apontou também a diminuição média de 0,26 pontos percentuais no empréstimo pessoal. Dos doze bancos analisados, nove reduziram suas taxas e três mantiveram o índice antigo.

A pesquisa considerou o período de 12 meses para calcular taxas de empréstimo pessoal. Os técnicos do Procon-SP se basearam nas taxas máximas, pré-fixadas, para clientes não preferenciais. No caso do cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Empréstimo Pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,69% a.m., inferior à de agosto, que foi de 5,95% a.m., uma redução de 0,26 pontos percentuais. As três maiores quedas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

– Nossa Caixa, queda de 4,65% para 3,85% a.m. (decréscimo de 0,80 pontos percentuais), variação negativa de 17,20% em relação à taxa de agosto/03;

– Banco do Brasil, queda de 5,90% para 5,30% a.m. (decréscimo de 0,60 pontos percentuais), variação negativa de 10,17% em relação à taxa de agosto/03;

– Banco Itaú: queda de 6,45% para 6,05% a.m. (decréscimo de 0,40 pontos percentuais), variação negativa de 6,20% em relação à taxa de agosto/03.

Cheque Especial

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,50% a.m., inferior à de agosto, de 9,17% a.m., decréscimo de 0,67 pontos percentuais. As três maiores quedas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

– Caixa Econômica Federal: queda de 8,90% para 7,75% a.m., (decréscimo de 1,15 pontos percentuais), variação negativa de 12,92% em relação à taxa de agosto/03;

– Banco do Brasil: queda de 8,70% para 7,75% a.m., (decréscimo de 0,95 pontos percentuais), variação negativa de 10,92% em relação à taxa de agosto/03;

– Bradesco: queda de 9,39% para 8,52% a.m., (decréscimo de 0,87 pontos percentuais), variação negativa de 9,27% em relação à taxa de agosto/03.

Em setembro, os percentuais de redução foram maiores que os observados em agosto. A taxa média do cheque especial apresentou redução proporcionalmente maior que o da taxa média do empréstimo pessoal, atingindo a menor taxa desde maio de 2001, quando estava em 8,49% a.m.

Em agosto, duas importantes medidas de política monetária foram adotadas: a redução da alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista, de 60% para 45%, anunciada pelo Banco Central no início do mês e a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de reduzir a taxa Selic de 24,50 para 22,00% ao ano, a maior redução desde maio de 1999.

O compulsório é um mecanismo usado pelo Banco Central para controlar o volume de dinheiro na economia. Quanto mais dinheiro em circulação, maior será a oferta de crédito, o que implica em juros mais baixos. Tanto a redução do compulsório, quanto a redução da taxa Selic reforçaram a queda dos juros das linhas de crédito dos bancos.

Embora expressivos, os cortes promovidos pelas instituições financeiras ainda não são suficientes para encorajar o empréstimo. Com a queda generalizada da renda e o orçamento apertado, o consumidor deve evitar dívidas, priorizando a subsistência da família e recorrendo ao crédito somente após uma criteriosa avaliação de custo-benefício.

Os 12 bancos que fizeram parte da pesquisa foram: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Bilbao Vizcaya Brasil BBV, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco e Banco de Crédito Nacional BCN.

A Fundação Procon-SP coloca o resultado da pesquisa à disposição dos interessados para consulta nos postos de atendimento pessoal (Poupatempo Sé, Santo Amaro e Itaquera) ou pelo telefone (11) 3824-0446.

Da Secretaria da Justiça

M.J.