Justiça: Itesp retoma projeto de capacitação para a cidadania

Segundo ano de atividades foi iniciado com palestras no Pontal do Paranapanema

sex, 28/03/2003 - 11h31 | Do Portal do Governo

Do Grupo de Comunicação da Fundação Instituto de Terras


Com a oficina Gênero e Auto-Estima, realizada no município de Euclides da Cunha, região do Pontal do Paranapanema, nos dias 25 e 26 de março, a Fundação Instituto de Terras (Itesp) deu início ao segundo ano do projeto ‘Tempo de Aprender’. Parte do Programa de Formação Cidadã do Itesp, o projeto tem o objetivo de capacitar o público assentado para a conquista da autonomia.

Participaram da primeira oficina do ano 18 mulheres dos assentamentos Nova Esperança, Santa Rita, Rancho Grande, Rancho Alto, Tucano, Guaná Mirim, Santa Rosa e Porto Letícia. Dentre os conteúdos abordados estão os papéis sexuais do homem e da mulher, a diferença entre gênero e sexo, a mulher e participação política, poder, liderança e auto-estima. Durante dois dias, as assentadas participaram de atividades práticas, dinâmicas de grupo, construção de conceitos, vídeos, dramatizações e trocas de experiências.

Segundo a monitora Berenice Gomes da Silva, essa oficina busca resgatar a auto-estima da mulher e fortalecer o papel feminino em lideranças comunitárias. ‘Ministrar essas oficinas é uma experiência riquíssima, pois além de socializar informações, adquirimos conhecimentos’, afirma.

Em 2002, foram beneficiadas diretamente mais de 120 assentadas, e indiretamente, mais de 550, em 61 assentamentos do Pontal do Paranapanema. Enfocando desde a comunicação, planejamento participativo, gênero e auto-estima até a formação de associações populares, o projeto é pensado de acordo com a realidade de cada comunidade. Os próprios grupos de assentados apresentam temas que necessitam trabalhar nas oficinas.

A idéia é que aprendizado não se limite às oficinas em si, mas se desenvolva também na prática, quando os participantes começam a atuar como agentes multiplicadores na comunidade. ‘Formar é mais que capacitar. É auxiliar na mudança de comportamentos, e é isso que este projeto está proporcionando às mulheres. Elas estão descobrindo que podem se organizar, fazer reuniões e encaminhamentos para solucionar seus próprios problemas’, explica Eliane de Jesus Teixeira Mazzini, do Grupo Técnico de Campo de Formação do Itesp em Presidente Prudente.

Vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, a Fundação Instituto de Terras (Itesp) é a entidade responsável pela elaboração e execução das políticas agrária e fundiária do Governo do Estado de São Paulo.

(RK)