Há sete anos, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, desenvolve um trabalho de integração social por meio do emprego. É a parceria entre o Ipem-SP e a Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape), que em outubro comemorará mais um aniversário.
O projeto começou pela necessidade de contratação de mão de obra. Foi uma forma alternativa encontrada pelo Serviço de Seleção e Desenvolvimento do RH, que lançou mão da lei federal 866/93. O inciso 20, do artigo 24 dessa lei, dispensa a empresa de licitação pública para contratar a prestação de serviço de deficientes.
Com os termos legais resolvidos, em outubro de 1997, começava a primeira turma da Avape no Ipem-SP. Na época, foram empregados oito digitadores e duas telefonistas e o medo da aceitação por parte dos funcionários foi superado após um trabalho de esclarecimento e compreensão. Ensinou-se que os funcionários, os quais iriam iniciar as atividades, eram tão capazes de desempenhá-las quanto qualquer trabalhador sem alguma deficiência física. A idéia deu certo e hoje integrados à rotina diária do Ipem-SP, o número de portadores com necessidades especiais, como denomina o Serviço de Seleção, cresceu para 54 em diversas funções. São analistas de sistema, programadores, ajudantes gerais, auxiliares administrativos, telefonistas e digitadores.
Da recepção aos laboratórios do Ipem-SP, e em alguns dos escritórios regionais do Instituto de Pesos e Medidas pelo Estado, é possível encontrar portadores de deficiência física trabalhando. A idéia é a de que eles sejam vistos como trabalhadores comuns ao desempenharem as funções às quais foram designados. Eles não são tratados de forma paternalista, cumprem com suas obrigações e são cobrados por produção assim como qualquer outro colega de trabalho. Essa postura, segundo a experiência do RH, leva respeito a eles, reconhecimento pelo desempenho profissional e não pela deficiência que possuem.
Surdos, parcialmente cegos, mentais leves, pessoas com problemas nos membros superiores e ou inferiores são alguns dos portadores de necessidades especiais empregados no Ipem-SP. Encontraram, com a oportunidade oferecida, uma forma de integração à sociedade. São trabalhadores remunerados que podem pagar as contas no final do mês, pensar em desenvolvimento profissional e afetivo, viver a vida de forma digna.
Mais detalhes das atividades desenvolvidas pelo Ipem-SP, podem ser obtidos pelo: www.ipem.sp.gov.br ou através do telefone da ouvidoria: 0800.13.05.22, de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer dos 645 municípios do Estado.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça
M.J.
