Justiça: Ipem encontra irregularidades nos biscoitos recheados

Pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 31 de maio

qua, 01/06/2005 - 16h23 | Do Portal do Governo

Biscoitos recheados são os produtos com maior índice de irregularidade na segunda pesquisa quinzenal da cesta básica do mês de maio, realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, Ipem-SP. A marca Bi-Delícia, da Cipa Ind. Prod. Alimentares registrou erros nas análises de dois dos sete laboratórios distribuídos pelo Estado.

Em São José do Rio Preto, os exames revelaram que o biscoito recheado de chocolate e coco Bi-Delícia continha uma diferença, em uma das unidades pesquisadas, de menos 9,20 gramas em relação aos 150 gramas de conteúdo nominal estipulados na embalagem. Na média, a falta do produto foi de 6,13%.

Um outro lote do Bi-Delícia em Presidente Prudente também registrou diferenças contra o consumidor. Na média, o erro foi de 4,67% entre as 20 unidades analisadas. Um dos pacotes deixava de fornecer sete gramas dos 150g previstos na embalagem. Já em Campinas o biscoito recheado de chocolate Santa Marta, da Ind. Com. Alimentos Santa Marta Ltda. esteve à frente nas irregularidades daquele município. Encontrou-se um erro de menos 9,90 gramas nos 170g escritos na embalagem. Na média, a diferença foi de 5,82%.

O pão francês, que em pesquisas anteriores já havia registrado problemas de peso, continua figurando entre os itens de análise da cesta básica com problemas recorrentes. Nos testes da capital, Ribeirão Preto e Santos o pão de sal foi o produto com maior incidência de diferença de peso em relação ao necessário à sua comercialização. Por lei, o pão francês deve ser vendido com no mínimo 50 gramas. Em Santos, por exemplo, havia unidades sendo vendidas com menos 7,50g do produto.

A pesquisa da cesta básica do Ipem-SP é quinzenal. Itens alimentícios de consumo diário do paulista são o principal alvo das análises. Entre eles: açúcar, feijão, arroz. Até gás de cozinha, que apesar de não ser um alimento é fundamental para diversas famílias as quais precisam comprar botijões de GLP para utilizarem em suas cozinhas, é analisado nos laboratórios de pré-medidos do Instituto de Pesos e Medidas.

Nas análises da segunda quinzena de maio, realizadas entre 16 e 31/5, foram verificados 3.486 produtos. Desses, 1,52% apresentou irregularidade. Na capital foram analisados 884 itens com irregularidade na casa dos 1,92%. No interior, a regional do Ipem-SP, em Campinas, foi o laboratório com maior número de verificações – 702 ao todo. O índice de irregularidade, nesse caso, foi de 1,42%.

Todos os fabricantes ou representantes dos produtos coletados no comércio para análises laboratoriais são convidados para acompanharem os testes do Ipem-SP. Ao se constatar alguma diferença no peso, comprimento ou volume desses produtos, em relação ao que está escrito em seus rótulos, os responsáveis pelos mesmos são autuados. A partir da constatação da irregularidade, eles têm 15 dias para apresentar à Superintendência do Ipem-SP, uma defesa.

Após esse período, há uma análise jurídica e administrativa de cada caso para se estipular uma penalidade administrativa adequada, que varia de uma advertência ao pagamento de uma multa que pode chegar a R$ 50 mil.

Em caso de dúvida, sugestão ou reclamação sobre itens alimentícios, o Ipem-SP disponibiliza o telefone da ouvidoria: 0800.13.05.22, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas. A ligação é gratuita de qualquer um dos 645 municípios paulistas. Outra forma de contato é o www.ipem.sp.gov.br ou pelo email ouvidor-ipem@ipem.sp.gov.br.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça