Justiça: Cravi oferece apoio psicológico e jurídico às vítimas de violência

Só nos primeiros dois meses deste ano, o órgão atendeu a 26 casos de violência

ter, 15/04/2003 - 11h10 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania


Familiares de vítimas de homicídios, latrocínios e outros casos graves de violência podem encontrar apoio social, psicológico e jurídico gratuito no Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), vinculado à Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania.

“O governo de São Paulo instituiu o Cravi para garantir plena efetividade aos direitos fundamentais das vítimas e ao artigo 245 da Constituição, que dispõe sobre as condições em que o poder público concede assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso”, destaca o secretário da pasta Alexandre de Moraes.

Homicídios se destacam

Para o coordenador do Cravi, Fabrício Toledo de Souza, os serviços públicos e privados trabalham com o conceito de vítima direta de violência. “O conceito de vítima indireta, ou vítima difusa ocasionada por ato violento que agride a família ou a comunidade ainda é novo e, portanto, um desafio aos técnicos do Cravi.”

Só nos primeiros dois meses deste ano, o órgão atendeu a 26 casos de violência, sendo 61,53% de homicídios; 7,69% latrocínios; 3,84% ameaças de morte; 3,84% suicídios ou morte acidental; 3,84% estupro ou abuso sexual e 7,69% casos de violência doméstica. Desse total, 79% dos familiares de vítimas receberam orientações jurídica, social e psicológica.

Os demais casos de violência sexual, lesão corporal e agressões foram encaminhados à uma rede, formada por universidades, serviços públicos e Ongs, que prestam o mesmo tipo de serviço oferecido pelo Cravi.

População feminina

A principal responsável pela demanda tem sido a população feminina. Em 2002, foram 158 atendimentos a mulheres, ante 41 do sexo masculino. As atendidas são mães, esposas ou companheiras da vítima, que recebem menos que dois salários mínimos ou não dispõem de renda. O mesmo não ocorre entre os homens, na grande maioria filhos da vítima, cuja renda gira em torno de três a quatro salários mínimos. Em geral, ambos são arrimos de família.

Segundo o levantamento, a maioria dos familiares de vítimas que procurou o centro em 2002 – 22,11% – era proveniente das zonas sul e norte. A zona leste respondeu por 20,10% dos casos, a zona oeste, por 13,07% e a zona central, por 4,52%. A Grande São Paulo também participou com 12,56% dos casos; 5,03% são vítimas de outros Estados; e 0,50% eram casos em que a região não foi informada.

SERVIÇO

Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi)
Local: Rua Barra Funda, 1.032 – (entre as Estações Barra Funda e Marechal Deodoro do Metrô)
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas
Telefones (11) 3666-7778 e 3666-7334
São atendidas famílias com renda de até quatro salários mínimos – vítimas diretas e indiretas

(AM)