Justiça: Assentamento inicia colheita de palmito

Desde março, a colheita está sendo feita em 2 mil das 12 mil árvores plantadas

sex, 30/07/2004 - 13h36 | Do Portal do Governo

O assentamento Córrego Rico, em Jaboticabal, é o primeiro do Estado a colher uma safra de palmito pupunha. As seis famílias beneficiadas receberam o apoio da Fundação Instituto de Terras (Itesp), entidade vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, para iniciar a produção.

Desde março, a colheita está sendo feita em 2 mil das 12 mil árvores plantadas. A produção é vendida diretamente ao consumidor, pois a oferta das indústrias da região é de cerca de R$ 2,50 por quilo, sendo que, na venda direta, os produtores conseguem até R$ 7,00 por quilo.

‘Tudo começou em 2001, quando um grupo de 10 beneficiários do assentamento Córrego Rico desejou obter mais conhecimentos sobre a cultura do palmito pupunha’, relatou José Amarante, responsável técnico de campo do Itesp em
Bebedouro.

Para iniciar a produção, técnicos do Itesp e os produtores rurais participaram de um curso de capacitação sobre exploração do palmito pupunha; o curso foi realizado pelo Itesp, em dezembro de 2001. Em janeiro de 2002, foi liberada a verba do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) necessária para a aquisição das mudas.

Os lucros dessa produção podem chegar a R$ 20 mil por 0,40 hectare , se houver aproveitamento total do produto na industrialização.

Qualidade de vida

A família do produtor Benedito Aparecido Merenço é uma das seis beneficiadas pelo Itesp no plantio de palmito pupunha. Casado há 22 anos, ele mora há seis no lote 30 do assentamento Córrego Rico com sua esposa e três filhos.

Merenço tem meio hectare de plantação de palmito, sendo que mais meio hectare está em processo de formação. Atualmente, o volume de sua produção é de mil quilos. ‘Estou comercializando aos poucos’, afirma.

Quando o projeto foi criado, o preço do palmito era de R$1,00 o quilo e a produção do assentamento seria vendida para fábricas da região. Mas os produtores passaram a comercializar seus produtos em diversos lugares, como restaurantes e varejões da região, possibilitando o aumento da margem de lucro. ‘O lucro é ótimo, estamos vendendo o quilo por R$ 7,00’ , conta Merenço.

Com o aumento da lucratividade, o produtor afirma que sua vida melhorou: ‘agora tenho dinheiro no bolso’. A expectativa dos produtores do Córrego Rico é de aumentar em 300% a produção no próximo ano, ‘pois o pé de pupunha cortado dá três brotos’, explica Merenço. Além disso, eles planejam se consolidar como produtores no mercado da região.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça

M.J.