Justiça: Apicultura é alternativa para jovens assentados da região

Projeto é desenvolvido pelo Instituto de Terras

ter, 06/01/2004 - 16h09 | Do Portal do Governo

Um grupo de dez jovens de assentamentos dos municípios de Piquerobi, Caiuá e Presidente Venceslau encontrou na apicultura uma alternativa de geração de renda no campo. Eles participam do projeto Apiário-Escola, desenvolvido pela Fundação Instituto de Terras (Itesp), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado, com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Implantado no dia 4 de dezembro, com 20 caixas, o apiário já conta com 14 enxames coletados. A expectativa é de que, ainda em janeiro, todas as 20 caixas contenham enxames. De acordo com o técnico em desenvolvimento agrário do Itesp Paulo César Fernandes Paulino, responsável pelo acompanhamento do projeto, a primeira coleta de mel deve ser feita entre março e abril de 2004.

Ele destaca como fatores importantes para o sucesso da iniciativa o empenho dos jovens e a colaboração de fazendeiros da região, que têm permitido a coleta de enxames em suas propriedades. O grupo pretende, inclusive, adquirir mais caixas para o apiário com recursos do Pronaf.

A criação de apiários-escola é apenas uma das ações que estão sendo desenvolvidas em todo o Estado por meio da parceria entre Itesp e Ministério do Desenvolvimento Agrário, que liberou um total de R$ 400 mil do Pronaf-Capacitação para atividades de formação e capacitação voltadas à agroecologia e ao desenvolvimento sustentável. A contrapartida do Itesp é de cerca de R$ 138 mil.

Para a implantação dos apiários-escola, são fornecidos kits completos, com caixas, fumegadores, centrífuga, macacões e outros materiais. Além disso, o projeto também oferece cursos de capacitação e acompanhamento do Itesp.

O objetivo é fortalecer a organização de jovens agricultores com o estímulo à autonomia e a geração de renda. Na região de Presidente Venceslau, a iniciativa contou com uma vantagem: a existência de um grupo já formado, viabilizada pelo Programa de Formação de Jovens Empresários Rurais (Pró-Jovem), desenvolvido em parceria com o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.

Paulino explica que o grupo pode atender, inclusive, solicitações de moradores tanto da área rural quanto urbana para a retirada de enxames. Muitas pessoas têm suas residências invadidas por abelhas e, sem saberem como proceder, acabam utilizando veneno ou fogo contra os insetos.

Moradores das áreas urbana e rural interessados na retirada de enxames de abelhas de suas propriedades podem entrar em contato com o grupo de jovens pelos telefones 271 5999 (Itesp) ou 271 3825 (Escola Técnica). A coleta é realizada gratuitamente.

Da Justiça

M.J.