Juros bancários: Procon-SP constata acréscimo na taxa do empréstimo pessoal

Em relação a 2001 verificou-se um acréscimo de 0,77 pontos percentuais

qui, 02/01/2003 - 10h01 | Do Portal do Governo

De acordo com análise comparativa da pesquisa de taxas de juros bancários feita mensalmente durante 2002 pelos técnicos de Estudos e Pesquisas da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, constatou-se que a taxa média anual dos bancos foi de 5,62% ao mês para o empréstimo pessoal e de 8,82% ao mês para o cheque especial.

Em relação a 2001 verificou-se um acréscimo de 0,77 pontos percentuais na taxa do empréstimo pessoal (era 4,85% ao mês no ano passado) e, também acréscimo, de 0,15 pontos percentuais na taxa média do cheque especial (era 8,67% ao mês no ano passado).

Empréstimo pessoal: a exemplo do que ocorreu no ano passado, foi ascendente o movimento da taxa de juros do empréstimo pessoal, principalmente a partir do segundo semestre.

O ano começou com uma taxa média, entre os bancos pesquisados, de 5,43% e finalizou com uma taxa de 5,93% ao mês, registrando variação positiva de 9,21%. Embora as taxas de 2002 permanecessem em patamares mais elevados do que os registrados em 2001, na média os saltos foram menores. A explicação pode estar no fato de que taxas em níveis tão altos reduzem o espaço para elevações muito bruscas de um mês para o outro.

O banco que apresentou a maior taxa média anual de empréstimo pessoal foi o Itaú, com 6,95% ao mês; a menor taxa foi praticada pela Nossa Caixa, com 3,95% aa mês; uma diferença de 3 pontos percentuais, que representa uma variação de 75,95% entre a menor e a maior. Cabe salientar que tanto o Banco Itaú quanto a Nossa Caixa mantiveram suas taxas inalteradas durante todo o ano.

Cheque especial: esta modalidade registrou, neste ano, um comportamento diferente do observado em 2001. Durante o ano passado, as taxas de juros apresentaram um crescimento contínuo, iniciando-se em março e acentuando-se entre os meses de julho e setembro.

Em 2002 as taxas já partiram de posições bastante altas (fruto da evolução verificada no ano anterior), no entanto começaram a apresentar queda em março. De maio até outubro, a taxa média mensal do cheque especial não se alterou e, mais que isso, nenhum banco alterou suas taxas nesse período. Em novembro a taxa voltou a subir, com ligeira queda em dezembro.

O ano iniciou com uma taxa média, entre os bancos pesquisados, de 8,90% e finalizou com uma taxa de 8,85% ao mês, registrando variação negativa de 0,56%.

O banco que apresentou a maior taxa média anual de cheque especial foi o BCN, com 9,55% ao mês; a menor taxa foi praticada pela Nossa Caixa, com 7,95% ao mês; uma diferença de 1,6 pontos percentuais, que representa uma variação de 20,13% entre a menor e a maior.

Da Fundação Procon-SP