Reciclagem de areias descartadas em fundições tem projeto inédito no País, desenvolvido pelo IPT. Aplicação terá impactos ambientais positivos. Bate-papo dia 7.
Estará operando no final de dezembro a primeira Unidade Móvel de Regeneração de Areias de Fundição desenvolvida pelo IPT. Ela tem capacidade para reciclar as areias de descarte de fundições de pequeno e médio porte. A unidade – uma verdadeira usina de reciclagem – prestará serviços dentro das instalações paulistas cujo descarte seja, em média, de cerca de 200 toneladas mensais.
Por conta dos processos produtivos que utilizam, as empresas de fundição brasileiras geram um volume da ordem de 170 mil toneladas de areia por mês. Aproximadamente metade desse total diz respeito à produção do Estado de São Paulo. Seu descarte representa risco ambiental devido à contaminação da areia por metais pesados, como o cobre e o chumbo. Além disso, o depósito em aterros especiais chega a custar até R$ 150 por tonelada.
A Unidade Móvel é resultado de cinco anos de pesquisas do IPT, numa parceria que envolveu a Finep e três empresas privadas: a Lepe Indústria e Comércio, a Metalúrgica Ipê e a Fagor Fundição Brasileira. Segundo Cláudio Mariotto, gerente técnico do projeto e pesquisador da Divisão de Metalurgia do Instituto, 20 unidades móveis seriam suficientes para atender às pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo. Além disso, representariam um enorme passo para resolver o problema da contaminação do meio ambiente por metais pesados, como os encontrados nas areias descartadas em processos de fundição.
Serviço
Nesta semana o Bate-Papo Programado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo – será:
Dia: Terça-feira, dia 7 de outubro de 2003
Horário: das 11h às 11h50
Tema: Unidade móvel de regeneração de areias de fundição
Debatedor: Claudio Luiz Mariotto – Pesquisador do IPT. Engenheiro Metalurgista (Epusp, 1963), M.E. (Epusp, 1988).
Após curto período na fundição de camisas centrifugadas da Cofap (Capuava), transferiu-se para o IPT em abril de 1964, como Assistente no Laboratório de Areias de Moldagem, cuja chefia assumiu a partir de 1968. Além de trabalhar com processos convencionais de moldagem em areia, dedicou-se ao estudo dos processos de moldagem cerâmica tipo ‘Shaw’ e cera perdida usando casca cerâmica.
Contribuiu para a criação do Laboratório de Fundição de Precisão (1969-1970) e foi seu chefe até 1973, quando se transferiu para a Fundição Tupy (Joinville), onde participou do núcleo que criou Centro de Pesquisas e Desenvolvimento.
Novamente como pesquisador no IPT em 1975, além de atividades de pesquisa, exerceu a chefia do Agrupamento de Fundição e, posteriormente, da Divisão de Metalurgia (1986 a 1996).
Paralelamente ao trabalho no IPT, exerceu atividades docentes na FEI (Materiais de Moldagem), na Fatec (Processos de Produção) e na Escola Politécnica (Fundição, 1981 a 1996). Atualmente, atua principalmente no campo de regeneração de areias de fundição.
Site: www.ipt.br/tecnologia/chat. Todos os bate-papos anteriores estão disponíveis para consultas on-line.
