Na região metropolitana de São Paulo ainda existem grandes faixas de terras em regiões de morros que poderão ser ocupadas, mediante o uso de tecnologia apropriada para construção de moradias em encostas. O assunto será debatido nesta terça-feira, dia 30, no bate-papo online do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A discussão será conduzida pelo arquiteto Flávio Farah, pesquisador e coordenador do mestrado profissional do IPT ‘Habitação: Planejamento e Tecnologia’.
Farah acredita que o projeto do IPT para este tipo de situação pode oferecer ao poder público subsídios que tornarão essas construções mais seguras. A prevenção de acidentes nas encostas poupa vidas humanas e evita prejuízos ambientais. Contribui, como explica, para prevenir o assoreamento de rios e córregos. Mas o problema não é detectado somente em áreas ocupadas de forma irregular. Mesmo na construção de um conjunto habitacional, gerenciado pela administração pública numa área acidentada da zona leste de São Paulo, foram movimentados cerca de cinco milhões de metros cúbicos de terra. ‘Isso equivale à quarta parte da movimentação de terra que foi necessária à construção da usina de Itaipu.’
Segundo Farah, persiste no Brasil a chamada cultura do mundo plano. ‘Num terreno acidentado são feitos movimentos de terra na tentativa de deixá-lo plano. O ideal, como prevê nosso projeto, é que o urbanismo e as construções se adaptem à encosta’. O estudo também aborda aspectos legais, propondo leis específicas e incluindo como obrigatórios estudos prévios de características geotécnicas. O IPT assessora diversos municípios em questões relativas à ocupação de morros.
Data: Terça-feira, 30 de novembro de 2004
Horário: 11h às 11h50
Internet: www.ipt.br/tecnologia/chat
Do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
(LRK)
