IPT: Instituto de Pesquisas Tecnológicas aprova novo extintor para veículos

Veículos produzidos no Brasil sairão de fábrica com o novo extintor a partir de 2005

sex, 06/08/2004 - 17h51 | Do Portal do Governo

A partir de janeiro de 2005, os veículos produzidos no Brasil sairão de fábrica com o novo extintor com pó químico “ABC”, que substituirá o extintor com pó químico “BC”. Esta mudança segue a resolução n° 157, de abril de 2004, aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), realizou testes comparativos entre os dois agentes e concluiu que a decisão é tecnicamente correta, porque determina a utilização de um equipamento mais adequado para combater princípio de incêndio nos automóveis.

Para o engenheiro José Carlos Tomina, chefe do Agrupamento de Segurança do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), setor responsável pelos testes, “a mudança é totalmente benéfica para o consumidor. Primeiro, porque ele terá um extintor adequado para combater as 3 classes de fogos possíveis nos veículos. Parece pouco, mas temos cerca de 28 milhões de veículos protegidos parcialmente, já que o atual extintor, com pó químico “BC”, não apaga princípios de incêndio da classe A – os sólidos combustíveis. Sem falar que o novo extintor, com pó químico “ABC”, tem maior validade – 5 anos, contra 3 do extintor atual – gerando um benefício direto e indiscutível ao usuário”, explicou.

De acordo com Tomina, a validade do novo extintor será de 5 anos, porque o período coincide com a atualização do ensaio hidrostático, que precisa ser feito a cada cinco anos. “Os componentes do extintor com pó químico “ABC” devem ter uma garantia para esse período, superando, desta forma, os três anos de garantia do atual extintor com pó químico “BC”, esclareceu o engenheiro.

Tomina informou ainda que os extintores de incêndio para veículos são seguros, pois, como já acontecia com o extintor com pó químico “BC”, o novo equipamento, com pó químico “ABC”, passa por rigorosos ensaios antes de ser utilizado. Além disso, são avaliados um a um na linha de produção, para detectar e impedir a ocorrência de microvazamentos.

Quanto a algumas críticas segundo as quais os motoristas não sabem utilizar os extintores de incêndio, o que supostamente tornaria o equipamento inútil durante uma ocorrência de fogo, Tomina argumenta que o extintor é a maneira mais segura de evitar as mortes durante ocorrência de fogo em veículos. Defende, ainda, que o Contran exija, nos testes de habilitação, um rápido treinamento ensinar ao motorista como operar corretamente o extintor, o que não demandaria mais do que 30 minutos de aprendizagem.

João Garcia, da Assessoria de Imprensa do IPT

M.J.