IPT: Grandes reservas de gás natural animam governo de São Paulo

Estado estimula exploração e uso do gás natural com redução de 6% na tarifa. IPT dá apoio tecnológico

qua, 04/02/2004 - 16h08 | Do Portal do Governo

Segundo o Estado, o objetivo é ‘dar a faca e o queijo na mão do consumidor, para que ele faça a sua escolha na hora de comprar o combustível nos postos de abastecimento’. O governo estadual está incentivando o uso do gás natural, que teve sua tarifa reduzida em 6% desde o primeiro dia de fevereiro, por duas de suas três concessionárias.

A notícia foi dada num encontro que reuniu representantes dos governos estadual e federal, da Petrobras, do setor empresarial privado e de entidades como a Fiesp e o IPT. Durante o encontro foi ressaltado o interesse do Estado em estimular o governo federal por uma mudança na cultura do uso do gás natural, em busca de uma política energética que possa despoluir a região metropolitana.

Depois da difusão do flex fuel e da redução do ICMS do álcool hidratado de 25% para 12%, o alvo do governo agora é incorporar o gás natural à matriz energética de São Paulo. ‘Mais um passo para a democratização do livre arbítrio do consumidor na hora de escolher entre álcool, gasolina ou gás natural’, completou o secretário João Carlos Meirelles da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo.

Meirelles ressaltou o objetivo do governo de interiorizar o uso do gás natural. Ou seja, devolver ao interior do Estado sua população, com emprego e infra-estrutura a partir da exploração e uso do gás natural. Ele afirmou que a previsão para os próximos quatro anos é de que o consumo do energético em São Paulo aumente dos atuais 11 milhões para 30 milhões de metros cúbicos por dia. Meirelles ainda levantou a possibilidade do ‘Estado pensar na redução de impostos para o usuário do gás natural’. Hoje há 250 mil automóveis convertidos a gás na região metropolitana de São Paulo.

Foi também discutida no encontro a ampla substituição do diesel por gás natural nos ônibus metropolitanos, a produção de veículos tricombustíveis, a ampliação da distribuição do gás nos postos e a eqüalização dos preços do gás nacional e importado, proposta pela Petrobras.

Com esse grande interesse pelo gás, aumenta-se a demanda por pesquisa e tecnologia para um melhor desenvolvimento de seu uso e exploração. E é aí que entra o IPT, que já tem pesquisas de vital importância para o País, como na medição de vazão do gás, em que é referência nacional, no uso do gás natural como insumo para a indústria petroquímica e os processos químicos do uso de gás em motores.

Francisco Nigro, Diretor Técnico do IPT, encarou o encontro como uma demonstração do Estado de que quer aproveitar da melhor maneira possível os recursos energéticos advindos do gás natural. Mas alerta para dois pontos que precisam ser muito bem trabalhados para esse desenvolvimento: o controle de emissão de poluentes e a segurança veicular.

Da Assessoria de Imprensa do IPT