Investimento paulista em pesquisa, educação e infra-estrutura apóia agronegócio

Alckmin encerra seminário sobre mercado externo dizendo que o setor gera riqueza e emprego, é o melhor instrumento para distribuir renda

qui, 24/01/2002 - 21h02 | Do Portal do Governo

O agronegócio, disse o governador Geraldo Alckmin, ‘é tão importante que eu sempre repito que é o próprio negócio de São Paulo’, porque não só gera riqueza como é o maior gerador de emprego e o melhor instrumento de distribuição de renda. Ao encerrar o III Seminário sobre o Agronegócio e o Mercado Externo, citou o antigo lema da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, de Piracicaba: ‘Solo é pátria; cultivá-lo é engrandecê-la’, para explicar sobre que princípios se baseia a política paulista de estímulo ao setor, que tem forte participação no Produto Interno Bruto.

Alckmin convocou a classe empresarial e a acadêmica, em todos os seus níveis, para realizar um trabalho conjunto com o governo de modo que ‘São Paulo possa levar à Chancelaria brasileira todos os subsídios necessários ao estabelecimento do primado da reciprocidade, defendido pelo ministro Celso Lafer’. Ao falar a mais de mil pessoas presentes ao seminário, pouco antes do governador, o ministro de relações Exteriores, Celso Lafer, dissera que a diplomacia brasileira perseguirá o princípio da reciprocidade nas negociações de acordos comerciais multilaterais e regionais (OMC, Alca, União Européia e Mercosul).

Segundo o governador, a reciprocidade é fundamental nas relações internacionais para haver ‘justiça e não imposição de medidas que prejudiquem a produção e sacrifiquem o povo brasileiro’. O governador citou algumas das principais ações de governo para desenvolver o agronegócio, ressaltando a pesquisa e a inovação tecnológica no campo, necessárias para ampliar a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.

O investimento anual de R$ 1 bilhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a implementação, este mês, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), foram citadas pelo governador, que, para qualificação do trabalhador do campo, lembrou os programas técnicos e profissionalizantes do Centro de Educação Tecnológica Paula Souza. Alckmin chamou a atenção para o reforço orçamentário de R$ 50 milhões, este ano, destinado a aumentar a oferta de vagas nas três universidades paulistas, a USP, a Unicamp e a Unesp, principalmente em seus campi no Interior.

Como a competitividade do produto do agronegócio paulista no mercado interno e externo exige uma boa infra-estrutura, São Paulo tem feito fortes investimentos em rodovias e em estradas vicinais, lembrou o governador. Ele citou também os projetos da Hidrovia Tietê-Paraná e do Rodoanel Metropolitano e a anunciada conclusão, até dezembro, da segunda pista da Rodovia Imigrantes, favorecendo o acesso ao Porto de Santos. Sobre o ‘principal porto da América do Sul’, o governador disse ser ‘fato histórico’ o projeto de regionalização do Porto de Santos, em curso, já que somos nós que temos de cuidar do que é nosso’, para garantir-lhe eficácia.

Encerrando o seminário, promovido pelo governo paulista e pelo Ministério de relações Exteriores e realizado durante toda a tarde no auditório Ulysses Guimarães, do Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin repetiu palavras do Papa Paulo VI, segundo o qual desenvolvimento é o novo nome da paz, para conclamar a todos os segmentos da sociedade para uma ‘união que busque o crescimento para melhorar a qualidade de vida’.