O I Brazilian Technology Day (I BTDay), realizado em Washington nesta terça-feira, dia 25, permitiu mais do que um aumento na visibilidade da pesquisa tecnológica aplicada no Brasil. Poderá abrir portas nos Estados Unidos para as empresas nacionais que, em parceria com os institutos e universidades, utilizam tecnologia de ponta desenvolvida no País.
O evento chamou a atenção de pesquisadores norte-americanos, pela variedade e pela tecnologia avançada demonstrada em 22 projetos como os de identificação de impressão digital até tecnologia voltada para meio ambiente, plástico biodegradável e células de combustível.
Este foi o balanço feito em Washington, logo após o encerramento do inédito I BTDay, pelo diretor superintendente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Guilherme Ary Plonski. O que mais impressionou Plonski, quanto ao alcance do encontro, foi a presença de empresa de capitais de risco, que buscava oportunidades de investimento.
Para ele, o I BTDay certamente abrirá caminhos e oportunidades de negócios entre empresas do Brasil e Estados Unidos. ‘Este foi um evento pioneiro. Estamos trilhando um caminho e abrindo um conjunto de oportunidades que serão maturadas nas próximas semanas. É o começo de um processo e seus resultados dependem de sabermos cultivar os caminhos abertos’, concluiu Plonski.
Ecos
O I Brazil Technology Day (I BTDay) foi promovido pela Embaixada do Brasil nos EUA e pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), organizado pelo IPT e pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo (SCTDET). Segundo Guilherme Ary Plonski, diretor-superintendente do IPT, mais do que expor projetos de pesquisa, o objetivo foi ‘demonstrar a competência brasileira nas diversas áreas tecnológicas’.
Segundo Philip Bond, subsecretário de Comércio para Tecnologia dos EUA, ‘as coisas mudam, mas continuam as mesmas, a tecnologia avança e muito se fala em cooperação tecnológica e transferência de tecnologia, mas para que isso aconteça é necessária a comunicação’. Bond enfatizou a importância que o Brasil tem, sendo o segundo maior consumidor dos produtos norte-americanos e tendo os EUA como seu maior cliente. O Brasil também é um importante parceiro tecnológico, afirmou o subsecretário: ‘através da tecnologia podemos fazer os sonhos se tornarem realidade e podemos fazer isso juntos’.
Rodas de cooperação
Para que o I BTDay pudesse iniciar e consolidar relacionamentos entre os pesquisadores e empresários dos dois países, foram programadas duas sessões diferentes: plenárias pela manhã e rodas de cooperação à tarde. Durante as rodas de cooperação, os pesquisadores, junto com seus parceiros empresariais, se reuniram com os participantes norte-americanos.
De acordo com Vera Ponçano, pesquisadora do IPT, esse modelo de evento confere um caráter muito mais profundo aos encontros. ‘A interação com a pessoa certa tem mais chance de evoluir para um trabalho posterior; o contato dois a dois facilita bastante’. Vera conta que os participantes norte-americanos elogiaram o I BTDay justamente por trazer o pesquisador junto com o parceiro empresarial. ‘A iniciativa foi bastante elogiada porque trouxe uma representação concreta da tecnologia’.
Kazuo Nishimoto, pesquisador da USP, disse que o evento superou suas expectativas, não achava que fosse dar certo. Nishimoto apresentou o Tanque de Provas Numérico, projeto bastante procurado devido ao seu caráter completamente inovador. (confira todos os 22 projetos em www.ipt.br). ‘O I BTDay trouxe possibilidades de extensão do projeto para outras áreas’. Além disso, chamou a atenção dos visitantes o fato do trabalho ser fruto de cooperação entre diversas instituições de pesquisa, inclusive o IPT, além da Petrobras.
Carlos Henrique Brito Cruz, reitor da Unicamp, ressaltou a importância do I BTDay como ‘primeiro evento de uma série, que tem por objetivo mostrar que no Brasil se cria boa ciência e boa tecnologia’. O evento também proporcionou, segundo Brito Cruz, excelente integração entre os pesquisadores e empresários. ‘É uma iniciativa pioneira, na qual o IPT teve um papel muito importante, juntamente com a Embaixada Brasileira’.
Da Assessoria de Imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
V.C.
