Alckmin explicou que a partir da assinatura do SUSP, o Estado passa a ter acesso aos dois fundos do Governo federal: o Fundo da Segurança e o Fundo Penitenciário.
Alckmin elogiou o novo sistema de integração de segurança.
A cerimônia contou com a presença do secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho.
Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, durante solenidade da integração do Estado de São Paulo ao Sistema Único de Segurança
Sistema Único de Segurança, lançado em São Paulo, prevê a união das polícias federal, estaduais e municipais contra o crime organizado
Unir esforços. É com esta idéia que o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) será lançado em todos os estados brasileiros até o mês de julho. A implantação em São Paulo, realizada nesta sexta-feira, dia 30, é considerada fundamental pelo Ministério da Justiça para o sucesso do Programa. Além de ser o maior Estado do País, São Paulo já havia saído na frente em algumas propostas do SUSP, como a integração das polícias e o investimento em tecnologia nas corporações policiais.
As medidas iniciadas por São Paulo possibilitaram a redução dos índices de criminalidade em áreas de grande concentração populacional, como a Região Metropolitana, até mesmo numa época de grande desemprego. O governador Geraldo Alckmin elogiou o novo sistema. Para ele, a integração com a área federal é fundamental para a troca de informações permanentes, investimentos em inteligência policial e ampliação do sistema penitenciário.
Alckmin explicou que a partir da assinatura do SUSP, o Estado passa a ter acesso aos dois fundos do Governo federal, o Fundo da Segurança e o Fundo Penitenciário. “Não há integração sem a vinda de recursos”, defendeu. O governador disse que a integração entre as polícias paulistas foi iniciada com a compatibilização territorial entre os Distritos Policiais da Polícia Civil e as Companhias da Polícia Militar.
Da mesma maneira, o SUSP prevê a criação do Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública, que coordenará o sistema. O gabinete será composto pelo secretário da Segurança Publica; o comandante-geral da Polícia Militar; o delegado-geral da Polícia Civil; o superintendente da Polícia Técnico-Científica; o superintendente da Polícia Federal em São Paulo; e o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Estado. Está prevista também a participação de representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de outros órgãos federais, estaduais e municipais.
O secretário-geral da Segurança Pública do Ministério da Justiça, Luís Eduardo Soares, destacou os seis princípios fundamentais do SUSP: a valorização profissional dos policiais; investimento na gestão do conhecimento, com a informatização; reorganização estrutural da Polícia; investimento em perícia, para melhorar as investigações; trabalho preventivo; e controle externo, com ouvidorias, corregedorias e conselhos comunitários. “Mas tudo isso não será suficiente, se não houver integração”, analisou.
Soares ressaltou que a autonomia de cada corporação policial será respeitada, mas que é possível avançar por meio de consensos. Segundo ele, o quadro da segurança brasileiro sempre foi marcado pela individualidade, pela divisão. “Enquanto isso, o crime se organizou. Agora, estamos revertendo essa situação”, afirmou. A cerimônia contou com a presença do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e do secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho.
Rogério Vaquero
