Instituto Florestal obtém reintegração de posse de área invadida em Mogi-Guaçu

Área faz parte de Estação Experimental utilizada para pesquisas científicas de espécies florestais

ter, 11/03/2003 - 12h06 | Do Portal do Governo

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente


O juiz Sérgio Augusto Forchesato, da 2° Vara Cível de Mogi-Guaçu concedeu liminar atendendo ao pedido de reintegração de posse, pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, de uma área da Estação Experimental de Mogi-Guaçu invadida no último fim de semana por cerca de 400 pessoas. O grupo, que não explicitou vínculos com nenhum movimento social, ocupou duas casas e montou barracas de lona nas proximidades da sede.

O secretário do Meio Ambiente, José Goldemberg, salientou que a área invadida, administrada pelo Instituto Florestal, estava reservada para o plantio de 90 hectares de floresta nativa, com recursos da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica liberados na forma de compensação ambiental pela passagem de uma linha de transmissão. A área, localizada ao longo de um riacho com mata ciliar, vai formar um corredor ecológico, criando condições mais adequadas para a movimentação da fauna da região.

Goldemberg, constestando a afirmação dos invasores de que a área estaria abandonada, afirmou que se trata de uma área de pesquisas científicas de espécies florestais, especialmente o ‘Pinus’ e o ‘Eucaliptus’, desenvolvendo tecnologias de produção de sementes e de manejo florestal como a extração de resinas e madeiras, que rendeu R$ 936.446,00, em 2002. ‘A invasão de uma área com tais características equivale à invasão de um laboratório de pesquisa de uma universidade’, disse o secretário.

Complexo ecológico

A Estação Experimental de Mogi-Guaçu, com 3.050,41 hectares, junto com a Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, com 980,71 hectares, também administrada pelo Instituto Florestal, e a Reserva Biológica de Mogi-Guaçu, com 470,04 hectares, administrada pelo Instituto de Botânica, forma o Complexo Ecológico de Mogi-Guaçu, também conhecido como Fazenda Campininha.

Trata-se de um ecossistema protegido por lei, onde há formações características de cerrado. A Estação Experimental de Mogi-Guaçu abriga também o Arboreto Dr. Hermógenes Freitas Leitão Filho, com 1.263 espécies implantadas para pesquisa e geração de um banco genético; e 45 hectares onde está sendo desenvolvido o Projeto Madeira de Lei, criado em 2002 pelo Governo do Estado.

(RK)