Instituto Butatan inaugura Museu de Microbiologia e comemora seu 101º aniversário

Espaço é o primeiro do gênero no Brasil

qua, 20/02/2002 - 19h51 | Do Portal do Governo

Ciência e tecnologia unidas para a melhoria da qualidade de vida. Mostrar isso de forma direta e interativa à população é uma das razões para a criação do Museu de Microbiologia – Micróbios e Vacinas, do Instituto Butantan, inaugurado nesta quarta-feira, dia 20, data do 101º aniversário do instituto.

A inauguração do novo museu marca a cerimônia de posse do novo diretor do Instituto Butantan, professor Erney Felício Plessmann de Camargo, que assume o cargo no lugar de Hisako Higashi. Hoje também foi lançado o livro ‘Aventuras da Microbiologia’, de Isaías Raw e Osvaldo A. Sant’Anna.

Localizado dentro do Instituto Butantan, em um prédio de 400 metros quadrados, construído nos anos 70 e totalmente readaptado, o novo museu exigiu recursos de R$ 1,4 milhão. Do montante, R$ 190 mil foram investidos pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo), R$400 mil pela Fundação Butantan, R$ 270 mil pela Fundação Vitae e R$ 600 mil financiados pela Aventis Pasteur. O projeto contou com apoio da Lei de Incentivo à Cultura.
‘O museu é um marco pela sua concepção e meta educacional. Além disso, trata-se do primeiro do gênero no País e um dos poucos em todo o mundo’, comenta Isaías Raw, presidente da Fundação Butantan. Com o novo museu, ele espera dobrar a visitação anual do instituto, hoje em torno de 400 mil pessoas.

Uma exposição permanente vai explicar as bases da Microbiologia por meio de painéis ilustrados e modelos tridimensionais, ampliados em acrílico, de germes, bactérias, vírus e protozoários. Os visitantes poderão, por exemplo, avaliar micróbios através de microscópios, assistir filmes e simulações computadorizadas sobre o desenvolvimento de doenças infecciosas no organismo humano e como funcionam as vacinas.

Entre os vídeos disponíveis há um que mostra como o Butantan produz soros e vacinas; outro detalha como Louis Pasteur iniciou suas pesquisas com micróbios e vacinas.

Será exibido ainda um painel especial sobre o trabalho de pesquisa genética da bactéria Xylella fastidiosa, o primeiro patógeno vegetal que teve seu DNA seqüenciado no Brasil. O visitante também poderá conferir um programa preparado pelo professor Paulo Silveira, do Laboratório de Informática da Faculdade de Medicina da USP, que permite prever o desenvolvimento de uma doença infecciosa, como ela se espalha até atingir níveis epidêmicos ou como pode ser controlada por vacina.

Laboratório para Estudantes

Além da exposição, o novo museu conta com um laboratório para professores e estudantes cultivarem seus próprios microorganismos. ‘Esperamos receber até 150 estudantes por visita agendada’, prevê Raw. O presidente da fundação explica que alunos e professores poderão fazer experiências na área, como identificar bactérias e verificar sua resistência a antibióticos ou analisar a propagação dos fungos em frutas apodrecidas.
O Museu de Microbiologia – Micróbios e Vacinas fica na avenida Vital Brasil, 1500 – São Paulo.