Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa do IAC
O Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC) realiza treinamento em aplicação de agrotóxicos nas lavouras. O evento será no dia 20, das 13 às 18 horas, em Jundiaí. O objetivo é levar conhecimento da tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas aos produtores para reduzir o seu uso, diminuir perdas na aplicação, baixar custos e evitar danos à saúde e ao meio ambiente. A participação é gratuita.
Do total de agrotóxico aplicado, entre 30% e 50% fica na planta, o restante é perdido, informa o pesquisador Hamilton Humberto Ramos, do IAC. “Considerando que os gastos com defensivos agrícolas representam de 15% a 50% dos custos da produção, conclui-se que a falta de informação do agricultor tem causado grande prejuízo. Trabalhando com tecnologia, ele pode ter até 20% de aumento no lucro líquido.’
Além de pesar no orçamento, a aplicação inadequada afeta também a saúde do trabalhador, exposto ao contato com o produto. O ambiente é outro atingido porque a planta absorve apenas 30% do agrotóxico, o restante vai para a natureza. ‘O produto que vai para o chão, o ar e o corpo do aplicador traz malefícios e onera o seu custo.’
Ramos explica que não há perdas de qualidade do alimento para o consumidor porque a planta tem capacidade máxima de retenção de agrotóxico. Atingido o ponto de saturação de absorção, o restante é perdido. Ele esclarece que o importante é selecionar o defensivo agrícola adequado e aplicar no período certo para que, no momento do consumo, o produto já tenha desaparecido da planta.
Mais eficiência e menor custo
Em geral, os agricultores desconhecem como deve ser aplicado o produto para controlar as pragas, doenças e ervas daninhas. “No treinamento, nós mostramos que há formas mais baratas e eficazes de fazer a aplicação. Os produtores podem trabalhar o custo de produção melhorando a eficiência e não aumentando o preço dos produtos.’
Levantamento feito em 1998 mostra que 80% dos agricultores de São Paulo nunca receberam treinamento e não têm assistência técnica. Eles aprendem a atividade dentro da própria família, sem orientação profissional. Ao investir em agrotóxicos para aumentar a produção, o desconhecimento faz dele o principal prejudicado – perde dinheiro e saúde.
O pesquisador explica que o treinamento é teórico-prático, com atividades no campo que não exigem, nem mesmo, que o participante saiba ler. Dessa forma, cria-se oportunidade para que os produtores participem do treinamento e levem para suas propriedades conhecimento que fará grande diferença em seu bolso, saúde e na natureza.
SERVIÇO
Local: Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Engenharia e Automação do IAC – Avenida Antonio Pincinatto, 5.000 (Rodovia dos Bandeirantes, saída 59, sentido Capital/Interior e saída 61, sentido Interior/Capital). Telefone (11) 4582-8155
(AM)