Instituto Agronômico: Concurso público trará 2.792 candidatos ao IAC

Serão seis dias de provas a partir desta quarta-feira, dia 10

ter, 09/12/2003 - 16h58 | Do Portal do Governo

A partir desta quarta-feira, dia 10, 2.792 candidatos passarão pelo Instituto Agronômico (IAC), em Campinas, em seis dias de provas do concurso público para pesquisadores científicos nível I, realizado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

Além da Secretaria de Agricultura, outras pastas também vêm selecionando pesquisadores científicos, como a Secretaria de Saúde, com o Instituto Pasteur, e a Secretaria de Meio ambiente, com o Instituto de Botânica.

Dentro da prioridade governamental de transformar as atuais estruturas de Ciência e Tecnologia em elementos pró-ativos e de fazer com que as instituições incorporem a inovação como elemento essencial do escopo institucional, o Governo do Estado de São Paulo vem realizando concursos públicos para a contratação de pesquisadores científicos.

O concurso organizado pela APTA irá selecionar 352 pesquisadores para os 15 pólos tecnológicos e os seis institutos de pesquisa da SAA, dentre eles o Instituto Agronômico. Serão 176 pesquisadores para os pólos e o mesmo número para os institutos.

As provas escritas de todas as 144 áreas do concurso serão realizadas no IAC, em Campinas, nos dias 10, 11, 15, 16, 17 e 18 de dezembro. As provas terão início às 12h30, com quatro horas de duração. O candidato deve trazer o documento de identidade e o comprovante de inscrição. A divulgação das notas será no dia 20 de janeiro de 2004 e as provas orais serão realizadas entre 25 de janeiro e 28 de fevereiro de 2004.

Nesta quarta-feira, dia 10, serão feitas as provas do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) e IEA (Instituto de Economia Agrícola), reunindo 317 candidatos. No dia 11, quinta-feira, 207 candidatos farão as provas de Economia e Agregação de Valor dos Pólos. Os 633 candidatos às áreas de Fitotecnia e Sanidade Vegetal dos Pólos farão provas na próxima segunda-feira, dia 15. Na terça-feira, dia 16, será a vez dos 642 candidatos às áreas do Instituto Agronômico e às áreas de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico. Outros 580 candidatos farão provas no dia 17, quarta -feira, para as áreas de Zootecnia e Sanidade Animal dos Pólos. No último dia, quarta-feira, dia 18, serão feitas as provas das áreas do Instituto de Zootecnia, Instituto de Pesca e Sanidade Animal do Instituto Biológico, por 413 candidatos.

Para avaliar os 2.792 candidatos, 48 bancas irão trabalhar, totalizando 240 integrantes vindos de diversas instituições de pesquisas e de universidades. As bancas reúnem especialistas nas diversas áreas do concurso, com competência comprovada.

No caso do Instituto Agronômico, 542 candidatos irão concorrer a 69 vagas. Esses profissionais irão representar um aumento de 43% no corpo de pesquisadores, que atualmente somam 157 de níveis variados. Os novos quadros de pesquisadores nível I irão se integrar às equipes já existentes para transformar as adversidades em oportunidades de desenvolvimento sustentável no campo e competitividade econômica na balança comercial do país.

No Instituto Agronômico, o concurso envolve 16 áreas que abordam manejo de culturas, melhoramento vegetal, biologia molecular vegetal, hidrometeorologia, tecnologia de pós-colheita e solos e recursos agroambientais. As atividades de pesquisa a serem fortalecidas com as novas equipes serão destinadas a alavancar a qualidade e a produtividade da agricultura paulista e brasileira, fornecendo tecnologias compatíveis com a competitividade mundial e à altura da importância do agronegócio frente à economia brasileira, em especial quanto à geração de emprego e renda.

As áreas no IAC
No Instituto Agronômico, as áreas de especialização estão distribuídas nas seguintes áreas de concentração

  • Manejo de Culturas:
    – Cana (06 vagas),
    – Citros (01 vaga),
    – Frutas (03 vagas),
    – Horticultura (06 vagas),
    – Café (02 vagas),
    – Grãos e Fibras (02 vagas),

  • Melhoramento Vegetal:
    – Cana (03 vagas),
    – Citros (01 vaga),
    – Frutas (06 vagas),
    – Horticultura (03 vagas),
    – Café (03 vagas),
    – Grãos e Fibras (07 vagas).
    – Biologia Molecular Vegetal (07 vagas).
    – Hidrometeorologia e Análises de Risco (05 vagas).
    – Tecnologia de Pós-Colheita (06 vagas).
    – Solos e Recursos Agroambientais (08 vagas).

    Na área de especialização que envolve Manejo de Culturas o trabalho recai, em suma, sobre pesquisa fitotécnica relacionada ao manejo de solo, calagem, nutrição e adubação, semeadura e plantio, sucessão, rotação, adubação verde, propagação vegetal, produção de sementes e condução de sementeiras, viveiros e pomares, controle de ervas daninhas e manejo de pragas e doenças. Essa área engloba manejo das seguintes culturas: cana, citros, frutas não cítricas, horticultura (olerícolas, mandioca, plantas aromáticas e medicinais e flores), café, grãos e fibras.

    No Melhoramento Vegetal, o objetivo é inovar por meio do desenvolvimento de novas variedades para plantio comercial. Nessa atividade, os conhecimentos agronômicos são aplicados para a obtenção de novas variedades mais produtivas e geradoras de matéria-prima de melhor qualidade para o produto final.

    A esse grupo de trabalho cabe o estudo de variedades adequadas aos diversos interesses econômicos e às diferentes regiões produtoras paulistas. A equipe de melhoramento vegetal também responde pelo fornecimento de material genético e básico recomendado para multiplicação, desenvolvimento de metodologias para o melhoramento vegetal clássico e com o uso de técnicas da biologia molecular.

    A atuação nas atividades relacionadas ao registro e proteção de cultivares é outro ramo desse setor, além da introdução, criação e manutenção do material genético em estudo e atuação integrada com as demais unidades da APTA, que interagem nas equipes multidisciplinares para a cadeia de produção.

    Na Biologia Molecular Vegetal, a atuação enfoca, principalmente, estudos na área da genética molecular, genômica, bioinformática, bioquímica, e suas interações com o melhoramento vegetal, estudos em aspectos de manutenção, avaliação, seleção e utilização do germoplasma.

    As pesquisas com Hidrometeorologia e Análises de Risco envolvem, dentre outras, aplicação de conhecimentos agronômicos, meteorológicos e de engenharia agrícola para estudos de adversidades climáticas —seca, excesso de umidade, geada, temperaturas elevadas e ventos fortes — e o efeito de componentes do ecossistema em explorações agrícolas.

    Os pesquisadores dessa área também fazem avaliação de impactos ambientais sobre ecossistemas e hidrodinâmica com ênfase na qualidade ambiental de mananciais e desenvolvimento sustentável, estudos dos estresses ambientais, conforto térmico e desenvolvimento vegetal, determinação do balanço hídrico e estimativas da demanda hídrica das culturas. Esse grupo também atua nas áreas de mapeamento, informatização e aconselhamento hidrometeorológico.

    As inovações tecnológicas na área de Tecnologia de Pós-Colheita de produtos ‘in natura’ agem na cadeia de produção de hortícolas frescas. Essas pesquisas envolvem estudos de processos de conservação e maturação de produtos hortícolas, avaliação e determinação das características físico-mecânicas e sanitárias dos produtos alimentícios destinados ao processamento, investigação de processos de conservação de produtos alimentícios pelo emprego de refrigeração e congelamento, análise de sistemas de manuseio e transporte de matérias-primas destinadas à indústria de alimentos.

    Nas pesquisas com Solos e Recursos Agroambientais, que beneficiam lavouras e pastagens paulistas, as atribuições são estudos de manejo químico e fertilidade do solo, reciclagem e balanço de nutrientes, avaliação da fertilidade do solo e recomendação de adubação, nutrição de plantas tanto em cultivo tradicional como em ambiente protegido, substratos, hidroponia e instrumentação.

    Esse segmento ainda faz estudos sobre conservação de solos, caracterização e utilização de resíduos agroindustriais, estudos de sensoriamento remoto, geoprocessamento, caracterização do meio físico e sistemas de informações geográficas, emissão de pareceres de análises de solos e recursos agroambientais.