Índice de preços agrícolas acusa a segunda alta do ano

Redução do plantel nos aviários baixa oferta e ovos encarecem 33%

seg, 25/02/2002 - 15h39 | Do Portal do Governo

Mudou a tendência de variação de preços de produtos agrícolas em São Paulo, que subiram 0,41% na terceira quadrissemana de fevereiro de 2002.

O Índice de Preços Recebidos pelos agricultores (IPR) apresentou recuperação de 0,51 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior, revela pesquisa semanal do Instituto de economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Foi a primeira variação positiva: desde a primeira quadrissemana de janeiro, a curva de preços vinha sendo sempre de baixa.

Nelson Martin, pesquisador do IEA, informa que a mudança de sinal foi provocada pelo aumento nos preços dos produtos de origem animal, principalmente ovos, cujo preço registra forte recuperação, desde o começo do mês, em função da menor oferta neste período do ano e da redução de plantel de postura no último trimestre de 2001. Nesta quadrissemana, a alta 33,27% superou largamente os 13% do período anterior.

Dos 19 produtos analisados pelo IEA, oito apresentaram preço menor. Continuam em baixa os preços do arroz e feijão, das carnes de aves e suínos, da banana, do café, da cana-de-açúcar e do soja.

Subiram os preços de ovos e leite. Também estão em alta os preços de batata, cebola, laranja, milho, tomate, trigo, algodão e trigo.

A maior baixa registrada na quadrissemana foi a do preço do soja (-14,28%).
Comparando a evolução deste período com a anterior, observa-se intensificação de baixa no preço do feijão (10% antes e agora mais de 14%).

Entre os produtos de origem vegetal, houve queda nos preços do grãos (4,67%, com café) e alta de 8,67% nos de verduras e legumes, fazendo com que o preço do grupo tivesse queda de 1,87%.

As frutas encareceram pouco (0,63%) e as cotações do boi gordo não tiveram alteração. Já entre os produtos de origem animal, a forte alta nos preços de leite (7,69%) e ovos (33,27%) levou a média a 4,63% de aumento no preço do grupo. Foram estes preços que mais contribuíram para o resultado final de 0,41%, segundo o IEA.

No gráfico seguinte, o comportamento do IPR desde novembro de 2001: