A Imprensa Oficial de São Paulo não participará da segunda edição da Feira do Livro de Ribeirão Preto, caso ela ocorra no ano que vem. A informação foi dada pelo presidente da empresa, Sérgio Kobayashi, durante entrevista para a imprensa regional.
Ele explicou que o Governo do Estado destinou R$ 3 milhões para a realização de oito feiras no interior até o fim de 2002. Tais recursos, segundo explicou, são suficientes para cobrir somente os custos de montagem e infra-estrutura e com cheques-livro para as feiras de Bauru (de 3 a 11 de novembro próximo), Sorocaba (em março), São José dos Campos, São José do Rio Preto, Santos, Campinas e Araçatuba ou Presidente Prudente.
Estão previstas ainda duas feiras temporárias – uma de verão, no Guarujá, no mês de janeiro; e outra de inverno, em Campos do Jordão, coincidindo com o Festival de Inverno local. A Imprensa Oficial investiu R$ 437 mil na Feira de Ribeirão Preto.
Kobayashi explicou que o Governo do Estado não tem condições econômicas de promover mais do que quatro feiras anuais, a menos que suspenda a realização do evento em outra cidade – o que contraria os dois principais objetivos do evento, que são incentivar regionalmente a leitura e ampliar o acervo das bibliotecas das escolas estaduais por meio da compra de livros pela Secretaria da Educação.
As feiras temporárias serão feitas em escolas públicas. O vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro, José Henrique Grossi, que também participou da entrevista, acrescentou que as editoras privadas também não têm recursos para participar de mais uma feira em Ribeirão Preto, mas sugeriu que a Prefeitura busque novos parceiros em torno de algum evento do gênero em 2001.
Para realizar a agenda de feiras prevista, Kobayashi informou que a Imprensa Oficial deve investir R$ 1,4 milhão e a Secretaria da Educação, R$ 1,6 milhão, o que representa cerca de 2% do que lhes é legalmente permitido investir nesse tipo de evento. ‘O cobertor é curto’, lembrou.
