Os três pavilhões da Casa de Detenção do Carandiru que serão implodidos para dar lugar ao Parque da Juventude deverão levar sete segundos para ir ao chão. “Atualmente, recomenda-se que uma unidade prisional não tenha mais de 800 presos e o Carandiru chegou a ter quase oito mil. O primeiro objetivo de sua extinção, portanto, é a segurança”, afirmou o governador Geraldo Alckmin nesta sexta-feira, dia 6, durante exposição, no Palácio dos Bandeirantes, sobre os procedimentos que serão adotados no domingo, dia 8, para derrubar uma das maiores penitenciárias do mundo.
Durante o evento, o governador assinou ordem de serviço para início imediato das obras referentes à primeira fase do Parque da Juventude, que deverá ficar pronta até setembro de 2003. Nesta etapa, que custará cerca de R$ 5,87 milhões, serão construídos quadras esportivas, pistas de cooper e de skate, muro para rapel, vestiários e sanitários.
O parque contará ainda com um espaço contemplativo e de descanso, que ficará na área de Mata Atlântica e deverá estar pronto até setembro do ano que vem, e também haverá espaço dedicado à educação e cultura, nos quatro pavilhões que serão preservados.
Para implodir os pavilhões 6, 8 e 9, serão detonados 250 quilos de explosivos, distribuídos em três mil pontos de perfuração. Neste sábado, dia 7, a dinamite especial gelatinosa, que é utilizada normalmente em exploração de pedreiras, já estará posicionada nos pavilhões. A implosão deverá gerar cerca de 80 mil toneladas de entulho.
Neste sábado, dia 7, haverá simulação da colocação de cargas explosivas no pavilhão 6, às 14 horas.
Cíntia Cury
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