Uma das poucas casas do século XVIII ainda intactas na metrópole paulistana, o Sítio do Capão, possui estilo arquitetônico típico do período da escravidão. Nas áreas mais antigas do casarão existe a possibilidade de que tenha havido uma senzala. Mas, como houve construções sucessivas e contínua reutilização do espaço, é quase impossível confirmar a hipótese.
Localizado na Zona Leste e tombado pelo Condephaat e Patrimônio Histórico Municipal, o casarão foi ocupado durante algum tempo pelo Regente Feijó – Padre Antônio Diogo Feijó, Regente do Brasil entre 1835 e 1837, e defensor do fim da escravidão. O local trocou de dono várias vezes. De 1911 até 1930, abrigou o Instituto Anália Franco, escola para alunas carentes.
Conhecida como Casa Regente Feijó, a construção será restaurada pelos proprietários e os paulistanos terão a oportunidade de ver a parte de fora do casarão a partir de 2004. A área doada à prefeitura, vai abrigar um parque municipal.
‘O casarão foi feito com vários estilos de construção. A sede é feita de taipa de pilão e a espessura das paredes chega a ter 80 centímetros. É um modelo típico de casa bandeirante’, explica o arquiteto responsável, Samuel Kruchin.
