Nesta quinta-feira, dia 31, às 10 horas, o governador Geraldo Alckmin e o secretário da Habitação, Emanuel Fernandes, darão início aos trabalhos de remoção de 140 famílias que vivem na Favela Tolstoi para apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Alckmin fará a derrubada simbólica do primeiro barraco. Estará presente também ao evento o prefeito de São Paulo, José Serra.
A comunidade da Favela Tolstoi começou a se formar no início dos anos 90 em área pertencente à Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), onde havia uma praça. Durante a invasão, também foi ocupada uma gleba contígua, pertencente ao município.
A CDHU vai transferir as famílias que ocupam irregularmente a área da escola estadual para o Conjunto Habitacional Iguatemi D, que fica na Avenida Progresso, 505, altura do nº 7.300 da Avenida Ragueb Chohfi, também na zona leste. As famílias irão morar em apartamentos de dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. O novo endereço conta com Centro de Apoio ao Condomínio (CAC), playground, além de infra-estrutura completa, como redes de água, esgoto e energia elétrica.
O empreendimento tem ao todo 480 apartamentos, dos quais 140 foram reservados aos moradores da Favela Tolstoi. Para lá, também foram removidas famílias de outras favelas. O investimento na construção deste conjunto é da ordem de R$ 18,8 milhões.
Nos seis primeiros meses, nenhum morador pagará prestações à CDHU. Após este período, por dois anos, a família com renda mensal de um salário mínimo pagará R$ 39,00 por mês. Posteriormente, quem ganhar mais do que isso vai pagar uma prestação proporcional à renda. Pelos próximos dois meses, as famílias também não pagarão as contas de água e luz.
Os trabalhos de remoção prosseguirão até o dia 4 de abril. Para realizar a mudança das famílias, a CDHU contratou uma empresa especializada, que disponibilizará diariamente cerca de 15 caminhões e 12 vans, além de carregadores. Após a desocupação, a Companhia demolirá os barracos e limpará o terreno.
O programa
A transferência das famílias da Favela Tolstoi para o conjunto Iguatemi D faz parte de um amplo plano de ação do Governo do Estado, a fim de remover famílias que vivem em áreas de risco. Trata-se do Programa Pró-Lar Atuação em Favelas e Áreas de Risco.
De janeiro de 2003 a fevereiro de 2005, foram removidas 5.461 famílias, sendo 3.766 na Capital e 1.695 na Região Metropolitana de São Paulo. Com isso, foi possível erradicar mais de 30 núcleos de favela.
Investimentos locais
De 1995 a 2002, na Capital, foram entregues 39.469 moradias. Na cidade, foram viabilizadas, de 2003 até hoje, 22.655 unidades, resultado de um investimento de R$ 716,7 milhões. Destas, 8.357 foram entregues e 14.298 estão em construção.
Outros investimentos
Em todo o Estado, a CDHU possui outros programas em andamento, além do Atuação em Favelas e Áreas de Risco, que fazem parte do Pró-Lar. São eles: Núcleo Habitacional por Empreitada Global e Integral, Atuação em Cortiços, Autoconstrução, Mutirão Associativo, Rural, Microcrédito Habitacional, Moradias Indígenas, Moradias Quilombolas, Melhorias Habitacionais e Urbanas e Crédito Habitacional. Por meio deles, a Companhia entregou, de 1995 a 2002, 165.608 unidades habitacionais.
Atualmente, já foram viabilizadas 85.744 moradias, resultado de um investimento de R$ 2 bilhões. Destas, 37.705 unidades foram entregues entre janeiro de 2003 e janeiro de 2005, e 48.039 estão em construção. Com isto, além de reduzir o déficit habitacional, a CDHU está garantindo a geração de mais de 60 mil empregos, entre diretos e indiretos.
