Habitação: Estado inicia hoje desativação da favela Nassau, em Pirituba

Ao todo, 348 famílias serão transferidas para apartamentos da CDHU, nas zonas leste, norte e sul

ter, 07/12/2004 - 8h11 | Do Portal do Governo

Começa nesta terça-feira, dia 7, a remoção de 348 famílias que vivem na favela Nassau, localizada na avenida Raimundo Pereira Magalhães, n°4.001, em Pirituba, para apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Os imóveis estão localizados nas zonas leste, norte e sul da cidade. A desativação da favela será iniciada às 10 horas, com a derrubada dos primeiros barracos.

Autoridades estaduais irão acompanhar a mudança das 14 primeiras famílias para o Conjunto Habitacional da CDHU, onde entregam as chaves dos apartamentos aos moradores. O empreendimento fica na avenida Raimundo Pereira de Magalhães, n° 9.491, em Pirituba, distante três quilômetros da favela. Ao todo, os moradores da favela serão transferidos para quatro endereços e as mudanças serão feitas em etapas até o próximo dia 13.

Durante a entrega das chaves, será assinado um convênio que formaliza a transferência de todas as famílias da favela Nassau para os empreendimentos da CDHU. Para evitar novas ocupações, o convênio prevê, além da demolição dos barracos, a retirada dos entulhos, execução de um projeto de paisagismo e a recuperação de um muro existente no local.

Os novos apartamentos possuem 44,73 m² e 45,46 m² de área construída e contam com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. O investimento da CDHU nos quatros empreendimentos é da ordem de R$ 12,8 milhões.

A favela Nassau existe há 15 anos e a erradicação que será realizada faz parte de um amplo programa do Governo do Estado: o Pró-Lar Atuação em Favelas e Áreas de Risco, desenvolvido pela CDHU para garantir melhores condições de vida às famílias que moram em situação precária, em barracos sem infra-estrutura e em condições totalmente insalubres.

A comunidade de Nassau transferida para os empreendimentos da CDHU está inserida nesse programa. Durante os seis primeiros meses, nenhum morador pagará prestações dos imóveis. Após este período, quem tiver renda familiar mensal de um salário mínimo, pagará R$ 39,00 por mês à Companhia. Além disso, todos terão carência de dois meses nas contas de água e luz. A CDHU também fará o trabalho social e de convivência condominial com os moradores.

A CDHU vem desenvolvendo há sete meses um trabalho social junto aos moradores da favela Nassau para identificar as condições socioeconômicas de cada família com o objetivo de realizar melhor inserção e adequação da população no programa.

Permuta – Um dos empreendimentos para o qual as famílias serão transferidas foi construído pela Prefeitura de São Paulo. As famílias serão atendidas por causa de uma permuta de demanda realizada com a municipalidade. A parceria previa que a CDHU iria atender famílias da favela Jardim Primavera, zona leste da Capital, que estavam assentadas em faixa de obra do córrego Taboão. Ao todo, 200 famílias da favela foram transferidas para o empreendimento Iguatemi D construído pela CDHU e outras 72 serão atendidas até o fim deste ano, no conjunto Itaim Paulista C, também edificado pela CDHU.

Em contrapartida, a Prefeitura de São Paulo disponibilizou 200 moradias do empreendimento City Jaraguá para atender famílias que viessem a ser definidas pela companhia. O atendimento será feito agora para 200 moradores da favela Nassau.

Melhorias no bairro – Outra favela próxima a Nassau e que já foi desativada em março deste ano, é a Anástacio. Foram transferidas 145 famílias para o conjunto Pirituba B, na avenida Raimundo Pereira Magalhães, n° 9.851, ao lado do conjunto Jaraguá I, para onde vão 140 famílias da Nassau a partir desta terça-feira. O investimento da CDHU no empreendimento Pirituba B foi de R$ 4 milhões.

De 2003 até hoje, o Governo do Estado investiu R$ 1,2 bilhão em programas habitacionais da Região Metropolitana de São Paulo, sendo que desses R$ 188,6 milhões beneficiaram mais de 12 mil famílias com novas moradias e urbanização de áreas degradadas. Foram realizadas, por exemplo, na capital, a remoção das favelas Paraguai, Viaduto e Anastácio, Vila da Paz, entre outras.

Da Superintendência de Comunicação Social da CDHU
Por Victor Emanuel Lopes

(LRK)