Habitação é a primeira secretaria a cumprir determinação de Alckmin para reduzir gastos

Redução de R$ 16 milhões permite a construção 2.320 moradias. Alckmin determina também construção de até 10 mil habitações para famílias que moram em

qua, 29/01/2003 - 20h03 | Do Portal do Governo


Uma redução de R$ 16,1 milhões nos gastos da Secretaria da Habitação e Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) foi anunciada nesta quarta-feira, dia 29, pelo governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.

Este é o primeiro resultado da determinação de Alckmin de reduzir os gastos na administração estadual, feita na primeira reunião do secretariado, há menos de um mês.

‘Com essa economia, o Governo deu ordem de serviço para o início de 32 novos empreendimentos do programa habitacional, totalizando 2.320 moradias populares e R$ 15,8 milhões em investimentos’, disse Alckmin, ao informar que autorizou a Secretaria da Habitação a iniciar um grande esforço para a construção de até 10 mil moradias para atender as famílias que estão em áreas de risco, especialmente na Região Metropolitana de São Paulo, Campinas e outras.

A redução de gastos envolveu a não renovação de 369 contratações de funcionários por terceirização, permitindo economia de R$ 14,1 milhões. O Governo vai contratar um número menor de pessoas por concurso público já realizado. Foi extinta a Diretoria de Desenvolvimento Empresarial, dando uma economia de R$ 790 mil. ‘Outras serão extintas’, disse o governador.

Houve também uma redução de gastos com aluguel: a Secretaria da Habitação, que ocupava um prédio na Avenida Faria Lima passou para o prédio da CDHU, localizado na Avenida 9 de Julho. Numa próxima etapa, também esse prédio será devolvido, já que o secretário Barjas Negri planeja alugar um prédio no Centro, onde as locações custam menos.

Também não serão renovados os serviços de aluguel de helicóptero, previstos em R$ 397 mil. O governador determinou ao secretario da Casa Civil, Arnaldo Madeira, que comunique a todos os secretários e presidentes de órgãos do Estado que aluguel de aeronave só com autorização da sua pasta, em casos excepcionais.

Mais reduções

O governador disse que haverá mais redução de custos, empresa por empresa, com extinção de diretorias, controle do uso de telefone, água, luz, carro, pessoal, assessorias e terceirizações. Através da Secretaria de Economia e Planejamento, está sendo criado o Núcleo de Gestão Estratégica, para um controle total de gastos.

‘Um outro grande avanço nesse sentido é o pregão eletrônico, para compras do Estado através da Bolsa Eletrônica de Compras: a economia será grande, pois podemos comprar melhor por um preço menor. E tudo isso para poder construir mais casas, mais hospitais, mais escolas e estradas’, completou o governador.

Áreas de risco

Alckmin disse que as 10 mil moradias para a população que mora em áreas de risco serão construídas sem o critério do sorteio, ao contrários do que acontece em todos os programas habitacionais do Estado. ‘As prefeituras, de Taboão da Serra ou Embu, por exemplo, arrumam o terreno, o governo do Estado financia a cesta de material de construção e a população ergue as casas pelo sistema de mutirão.

O secretário Barjas Negri, também presidente da CDHU, adiantou que já marcou com o prefeito de Taboão da Serra uma reunião na próxima semana, para discutir um projeto de 100 a 150 unidades habitacionais, ‘para que o município não sofra a mesma fatalidade deste ano, no período de chuvas’.

A expectativa do Governo do Estado é que neste mandato sejam construídas 200 mil moradias populares, ultrapassando o recorde de 120 mil na primeira gestão Covas. A previsão é a de que até o final deste ano sejam entregues entre 40 e 45 mil unidades.

Takao Miyagui