A Secretaria de Estado Habitação, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), iniciou nesta segunda-feira, dia 16, a remoção de 87 famílias que se instalaram irregularmente em terreno pertencente ao empreendimento Brasilândia B, no bairro Parada de Taipas, zona Norte da Capital. O trabalho de remoção se estenderá até quarta-feira, dia 18.
A ocupação está provocando erosão que compromete as fundações dos edifícios construídos nas proximidades. A favela, localizada à beira do córrego do Onça, fica numa área com risco constante de inundações. Além disto, os barracos são de madeira, o que expõe os moradores ao risco de incêndios.
Agora, essas famílias estão sendo levadas para o Conjunto Habitacional Iguatemi D, localizado próximo à Avenida Ragueb Choffi, s/n°, em Guaianases, na Zona Leste. Elas vão morar em apartamentos de dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. O novo endereço conta com Centro de Apoio ao Condomínio (CAC), playground, além de infra-estrutura completa, como redes de água, esgoto e energia elétrica.
Durante os seis primeiros meses, nenhum morador pagará prestações à CDHU. Após este período, quem tiver renda familiar mensal de um salário mínimo, pagará R$ 39,00 por mês. Os moradores não pagarão também contas de água e de luz num período de dois meses.
Para fazer a mudança, a CDHU contratou uma empresa especializada, disponibilizando diariamente cerca de quinze caminhões e doze vans, além de carregadores. Após a desocupação, a companhia irá demolir os barracos e limpar o terreno.
A transferência das famílias da Favela Jardim Brasília para o conjunto da CDHU Iguatemi D faz parte de um amplo plano de ação do Governo do Estado, a fim de remover famílias que vivem em áreas de risco. Trata-se do Programa Pró-Lar Atuação em Favelas e Áreas de Risco. Por meio dele, só no ano passado, foram removidas 2.214 famílias que viviam nesta condições na região metropolitana de São Paulo.
De 2003 até hoje, o Governo do Estado investiu R$ 211 milhões em programas habitacionais da capital, sendo que destes, R$ 100 milhões beneficiaram 9 mil famílias com novas moradias e urbanização de áreas degradadas. Foram realizadas, por exemplo, a remoção das Favelas Paraguai, Viaduto e Anastácio, Vila da Paz, entre outras.
