A Secretaria de Estado Habitação, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), iniciou a remoção de 288 famílias que residem na Favela do Viaduto para apartamentos em conjuntos habitacionais com infra-estrutura adequada. Os trabalhos de remoção prosseguirão até 16 de março.
A favela, que fica sob o viaduto Professor Francisco Mesquita, na Vila Prudente, Zona Leste da Capital, será erradicada e nenhum morador irá pagar pela mudança. A Sabesp contratou uma empresa para fazer a transferência e diariamente estão disponíveis 8 caminhões e 10 vans, além de carregadores.
As famílias irão morar em apartamentos de dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro nos conjuntos habitacionais Iguatemi (270 famílias), Tiradentes (14) e Itaim Paulista (4), também localizados na Zona Leste. Durante os seis primeiros meses, nenhum morador pagará prestações à CDHU. Após esse período, quem tiver renda familiar mensal de um salário mínimo, pagará R$ 36,00 por mês.
Esta é a última etapa da transferência dos moradores do Complexo da Favela Paraguai (Favela Paraguai, da Paz e Viaduto). As favelas Paraguai e da Paz ficavam em área da Sabesp, onde foi detectada contaminação do subsolo. No ano passado, a CDHU removeu 600 famílias das duas favelas e como a Favela Viaduto é vizinha à área da Sabesp e apresenta condições de moradia extremamente precárias, a Companhia resolveu estender o atendimento às famílias que ali residem.
A erradicação de todo o Complexo da Favela Paraguai faz parte de um amplo plano de ação do Governo do Estado, a fim de remover famílias que vivem em áreas de risco. Trata-se do Programa Pró-Lar Atuação em Favelas e Áreas de Risco. Por meio dele, só no ano passado, foram removidas 2 mil famílias que viviam em áreas de risco nas cidades de São Paulo e Guarulhos. Neste ano, até julho, serão atendidas mais 1.144 famílias, erradicando, desta forma, nove favelas que estão assentadas em áreas de risco, na Capital e na região metropolitana São Paulo.
Numa outra linha de atuação, a Companhia assinou protocolos com prefeitos de 112 municípios para a produção de 20.559 moradias, em regime de autoconstrução, pelo programa. Destas novas moradias 14.372 são destinadas exclusivamente para a remoção de populações em áreas de risco e 6.187 para o desfavelamento.
