Habitação: CDHU inicia cadastramento dos moradores das favelas Paraguai e da Paz

Nos dias 24 e 25 serão realizadas entrevistas para conhecer a situação socioeconômica dos moradores

ter, 13/05/2003 - 13h00 | Do Portal do Governo

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) iniciou nesta segunda-feira, dia 12 de maio, o trabalho de arrolamento nas favelas Paraguai e da Paz, na Vila Prudente, zona leste da Capital. O trabalho, que deve ser concluído na próxima sexta-feira, consiste em mapear a área das favelas, identificar os moradores e convocar as famílias para o cadastramento, quando serão coletados dados socioeconômicos. O cadastramento das famílias será realizado nos dias 24 e 25 deste mês.

Na última sexta-feira, dia 9, cerca de 30 representantes dos moradores dessas favelas estiveram na sede da CDHU, quando foram orientados sobre o trabalho de identificação das famílias e sobre a atuação conjunta da Companhia e da Sabesp no local. A reunião foi convocada pelo secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU, Barjas Negri, e contou com a participação de representantes da CDHU e Sabesp.

Durante a reunião, foi esclarecido aos moradores que a área das favelas será desocupada, por ordem judicial, porque possui o subsolo contaminado e, para evitar que essas famílias ficassem desalojadas, a CDHU está ofertando apartamentos no Conjunto Habitacional Iguatemi, localizado no bairro de Guaianazes, zona leste.

“Vocês não são obrigados a ir para o Iguatemi, mas também não poderão continuar na favela porque a área está contaminada e vamos cumprir uma decisão judicial. No entanto, estamos oferecendo a oportunidade de vocês terem melhores condições de vida em um conjunto, dotado de infra-estrutura, cuja única forma, em condições normais, de vocês adquirirem seria participando dos sorteios”, disse o secretário Barjas Negri, referindo-se à política habitacional da CDHU de selecionar as famílias beneficiárias por meio de sorteios públicos.

O conjunto está em fase final de construção (a previsão de conclusão é para julho deste ano) e, além dos prédios, a Companhia vai construir uma creche no local. Uma outra creche será construída na Vila Prudente para as crianças que não moram na área contaminada.

Esclarecimentos

Preocupados com as conseqüências da mudança para o conjunto habitacional, os moradores fizeram várias perguntas relacionadas ao valor das prestações dos apartamentos e ao futuro das atividades econômicas exercidas por eles (uma boa parcela da população dessas favelas é formada por catadores de papelão).

Os técnicos da CDHU informaram que os programas habitacionais da Companhia são voltados à população de baixa renda e que famílias irão pagar prestações de acordo com os seus rendimentos mensais. Quanto às atividades econômicas, a CDHU está articulando alternativas junto a outros órgão públicos para tentar resolver esse problema.

Já está sendo reservado um galpão no conjunto habitacional para guardar os carrinhos dos catadores de papelão e a Companhia vai incentivar a formação de uma cooperativa de catadores.

Até julho, a área das favelas Paraguai e da Faz será desocupada. A CDHU espera transferir todos os moradores para o Conjunto Habitacional Iguatemi.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Habitação

(AM)