Habitação: CDHU conclui remoção da Favela do Viaduto na Zona Leste da Capital

As 288 famílias que viviam na Favela do Viaduto moram agora em conjuntos habitacionais com infra-estrutura adequada

sex, 19/03/2004 - 20h41 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado Habitação, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), transferiu 288 famílias que viviam na Favela do Viaduto para apartamentos em conjuntos habitacionais com infra-estrutura adequada, erradicando assim mais uma favela da Capital.

A favela ficava sob o viaduto Professor Francisco Mesquita, na Vila Prudente, Zona Leste da Capital, numa área de tráfego pesado e com risco constante de inundações. Além disto, os barracos eram de madeira, o que expunha os moradores ao risco de incêndios.

Agora, as famílias moram com segurança em apartamentos de dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro nos conjuntos habitacionais Iguatemi (270 famílias), Cidade Tiradentes (14) e Itaim Paulista (4), também localizados na Zona Leste. Nos novos endereços, os moradores contam com centros comunitários, playgrounds, além da infra-estrutura completa, como redes de água, esgoto e energia elétrica; uma realidade bem diferente da vivida na favela.

Durante os seis primeiros meses, nenhum morador pagará prestações à CDHU. Após este período, quem tiver renda familiar mensal de um salário mínimo, pagará R$ 36,00 por mês. Os moradores não pagarão também contas de água e de luz por dois meses.

A remoção das 288 famílias começou no dia 1º de março e foi concluída com sucesso. Para fazer este trabalho, a CDHU contou com a participação de outra empresa do Governo do Estado, a Sabesp, que contratou uma empresa para fazer a mudança, disponibilizando diariamente oito caminhões e dez vans, além de carregadores.

A Prefeitura de São Paulo também foi envolvida. Ele ficou responsável pela demolição dos barracos, pela retirada dos entulhos e por fornecer passes de ônibus, durante seis meses, aos carroceiros que moravam na favela, para que eles continuem trabalhando na região da Vila Prudente.

Esta é a última etapa da transferência dos moradores do Complexo da Favela Paraguai (Favela Paraguai, da Paz e do Viaduto). Ao todo a CDHU atendeu mais de 836 famílias que viviam em situação de risco nestas três favelas, que foram erradicadas.

No ano passado, a Companhia removeu as famílias das favelas Paraguai e da Paz, que ficavam em área da Sabesp, onde foi detectada contaminação do subsolo. Como a Favela do Viaduto é vizinha à área da Sabesp e apresentava condições de moradia extremamente precárias, a CDHU resolveu estender o atendimento às famílias que ali residiam.

A erradicação de todo o Complexo da Favela Paraguai faz parte de um amplo plano de ação do Governo do Estado, a fim de remover famílias que vivem em áreas de risco. Trata-se do Programa Pró-Lar Atuação em Favelas e Áreas de Risco. Por meio dele, só no ano passado, foram removidas 2.214 famílias que viviam em áreas de risco na região metropolitana de São Paulo.

Neste ano, além da Favela do Viaduto, a CDHU atendeu também 50 famílias que viviam nas favelas Jardim Rosina e Jardim Columbia, em Mauá. No domingo, dia 21, às 11 horas, será a vez da Favela Anastácio, no Parque de São Domingos, com a presença do governador Geraldo Alckmin. Até julho, outras 806 famílias, que vivem em áreas de risco na Capital e na região metropolitana São Paulo, serão beneficiadas.