Governador Geraldo Alckmin e Ministro Roberto Amaral durante entrevista coletiva à imprensa
Geraldo Alckmin se reuniu com o ministro Roberto Amaral no Palácio dos Bandeirantes para discutir novas ações conjuntas
Encontro entre o ministro Roberto Amaral e o governador Geraldo Alckmin foi realizado nesta quinta-feira, dia 23
Responsável por 40% da produção tecnológica do País, o Estado de São Paulo planeja ampliar o número de parcerias com o Ministério da Ciência e Tecnologia para aumentar as exportações, a geração de empregos e, desta forma, cooperar com o desenvolvimento do Brasil. Nesta quinta-feira, dia 23, o governador Geraldo Alckmin se reuniu com o ministro Roberto Amaral no Palácio dos Bandeirantes para discutir novas ações conjuntas.
Foi acertada a criação de um grupo de trabalho que será constituído por técnicos da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo; das universidades paulistas USP, Unesp e Unicamp; da Fundação para o Amparo à Pesquisa (Fapesp); do Centro Paula Souza; e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs). Este grupo desenvolverá pautas que serão enviadas ao ministério.
Um dos tópicos debatidos hoje foi o desenvolvimento da indústria aeronáutica. A venda de aviões é hoje o primeiro item de exportação do Brasil e o Estado de São Paulo abriga as três maiores fábricas da Embraer, localizadas nos municípios de São José dos Campos, Gavião Peixoto e Botucatu. A fábrica de Botucatu é administrada pela empresa Neiva, subsidiária da Embraer.
Alckmin explicou que o ministério da Ciência e Tecnologia possui 14 Fundos para auxiliar no avanço do conhecimento tecnológico. Um deles é o Fundo Aeronáutico, que já está criado no papel, mas ainda não foi instalado. “Pedimos empenho para que este fundo comece rapidamente”, disse.
Substituição de importações
Outro assunto discutido foi a necessidade de substituir importações. Amaral disse que é necessário identificar junto às indústrias paulistas os pontos de gargalo que impedem as exportações. “Aí ajudaremos com pesquisas para que essas empresas substituam importações, gerando mais tecnologia para o País, mais emprego e ajude a desafogar a balança de pagamentos”, analisou.
Também foi tratado um apoio maior para as Faculdades de Tecnologia. “São Paulo possui a maior rede de escolas técnicas da América Latina e essa experiência precisa ser estendida para todo o País. Neste Estado também são formados mais de 50% dos doutores brasileiros e as três universidades públicas paulistas são consideradas centros de excelência”, elogiou o ministro. Alckmin lembrou que o Estado possui 19 Institutos de Pesquisas e investe R$ 1,5 milhão diariamente nas Fatecs para buscar inovação tecnológica. “Agora é necessário mais parcerias para avançar ainda mais”, observou.
Brasil divulgará sua tecnologia
O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, João Carlos Meirelles, disse que já amanhã deverá ser enviado ao ministério alguns pontos prioritários. Meirelles também anunciou que no dia 25 de fevereiro haverá na capital norte-americana, Washington, um workshop promovido pela embaixada brasileira que será chamado de Um dia de Tecnologia. “O Brasil vai mostrar sua alta tecnologia aos setores americanos correspondentes para atrair investidores para cá.”
O secretário adiantou ainda que São Paulo irá pedir mais recursos para as bolsas estudantis da Fapesp. “Estas bolsas têm sido reduzidas ao longo dos anos e é vital não só para o Estado, mas para o Brasil. Vamos sugerir um novo modelo, não para privilegiar São Paulo, mas também para não penalizar”, argumentou.
Rogério Vaquero
