Governo lança Poupatempo Móvel em São Mateus

Moradores da periferia poderão realizar serviços públicos sem sair do bairro

seg, 20/09/2004 - 15h10 | Do Portal do Governo


A agilidade dos principais serviços públicos prestados pelo Poupatempo será estendido a seis bairros periféricos da Capital. Uma carreta irá percorrer os locais mais afastados onde os moradores poderão emitir carteira de identidade, de trabalho, além de utilizar serviços pela Internet para fazer boletins de ocorrência, consultas de multas e licenciamento de veículos, por exemplo. O programa, denominado Poupatempo Móvel, foi lançado na manhã desta segunda-feira, dia 20, pelo governador Geraldo Alckmin, no bairro de São Mateus, Zona Leste da cidade.

Durante uma semana a carreta ficará fixada num local de bastante movimento em cada uma das seguintes regiões: São Miguel Paulista, Grajaú, Heliópolis, Parada de Taipas e Tucuruvi. O projeto piloto terá duração de seis meses. “O Poupatempo Móvel vai aos bairros e evita que as pessoas tenham gasto com ônibus, metrô e carro”, disse o governador. Ele informou que desde quando o programa foi lançado em 1997, mais de 80 milhões de pessoas já passaram pelo Poupatempo, ou seja, duas vezes o total do número de habitantes do Estado, 37 milhões de pessoas. Segundo pesquisa do Ibope, o Poupatempo tem 99% de aprovação da população classificando-se entre instituições como Corpo de Bombeiros, Metrô e Correios.

Para criar o Poupatempo Móvel, o Governo contou com o apoio do banco estadual Nossa Caixa, que contratou uma empresa para montar a infra-estrutura, a parte tecnológica e contratar 75 funcionários. Para tanto, o banco está investindo recursos próprios de R$ 138 mil/mensais.

A idéia de criar a unidade móvel foi uma forma criativa para atender a alta demanda da população. “O Poupatempo Móvel surgiu face a dificuldade de recursos do Governo do Estado em criar mais postos fixos”, explicou o secretário da Casa Civil, Arnaldo Madeira. Mais de 300 cidades já fizeram pedido ao Governo para a instalação de postos do Poupatempo. Como a criação do serviço resulta em muito investimento, o Estado vai criar mais unidades por meio da Parceria Público Privada (PPP), uma na cidade de Osasco e a outra em Santos. Quanto à instalação de mais unidades móveis, Alckmin disse que está conversando com outras instituições financeiras para ver se elas patrocinam postos como este.

Com a documentação nas mãos, a dona-de-casa, Lindóia Góes Carvalho de Souza, 40 anos, estava na fila para tirar a carteira de identidade de sua filha Scarlate, 7 anos. Ela aprovou o posto móvel, pois vai evitar que tenha gasto com condução e lanche, caso fosse até o Poupatempo Sé. “Não trabalho e meu marido ganha muito pouco como vigilante. Tudo que puderem criar para ajudar a gente a ter menos gasto é bom”, declarou.

Com o lançamento do programa piloto, alguns acertos serão feitos. No caso do posto móvel de São Mateus, que fica dentro de um pátio de um supermercado, será estendido um toldo para evitar que a população sofra com o sol. O superintendente do Poupatempo, Daniel Annenberg, observou que na unidade móvel, os usuários contarão com a mesma qualidade dos postos fixos. “O Poupatempo é um programa que trata os cidadãos com igualdade e respeito. Aqui ninguém fura fila”. Até às 12 horas, 50 carteiras identidade tinham sido emitidas.

Presente ao evento, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, comentou que mais de seis mil carteiras de identidade são expedidas por dia nas 12 unidades do Poupatempo. Ele apresentou um balanço de sua Secretaria na região, que inclui os bairros de São Mateus, Jardim Colonial, Iguatemi, Três Marias, Parque São Lourenço, Iguatemi, Bela Vista, Terceira Divisão, onde os índices de violência vêm caindo, de janeiro a julho deste ano. Homicídio menos 14%; furto em 10%; roubos em 25%; furto e roubo de veículos em 14%; latrocínio zero.

Primavera Tributária

Alckmin disse que nesta terça-feira, dia 21, vai anunciar a redução de impostos para várias cadeias produtivas no Estado. “Vamos baixar os impostos de São Paulo para aumentar os empregos. E não é guerra fiscal porque guerra fiscal a gente pega o dinheiro e dá para o dono da empresa. Aqui é redução de alíquota, é o povo que vai ser beneficiado com preço menor e mais emprego e renda”, disse.

Ele ainda fez um balanço dos investimentos do Estado na Zona Leste, como as construções de escolas técnicas, sendo que a última foi em Guaianazes. Em dezembro, será feito o vestibular da USP na Zona Leste, que terá 12 cursos. Na área da saúde, mencionou os últimos hospitais entregues pelo Estado no Itaim Paulista, Vila Prudente, Santo André e Sapopemba.

Valéria Cintra