Da Agência Imprensa Oficial
Por Regina Amábile
Os secretários estaduais de Transportes, Transportes Metropolitanos, Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo assinaram protocolo de intenções para a criação da Câmara de Logística de Transporte. A idéia é unir o governo com a iniciativa privada para melhoria da logística de transportes do Estado.
A parceria firmada com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) busca encontrar alternativas para o repasse de recursos financeiros do setor privado para o público, sem enfrentar dificuldades jurídicas e com garantias aos investidores.
Pio Gavazzi, diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp, explica que as melhorias dos transportes beneficiam de várias formas as empresas. Facilitam a exportação, barateiam custos de transportes dos produtos (podem ficar mais competitivos no mercado) e, até mesmo, melhoram a qualidade de vida dos funcionários das empresas, que podem chegar mais descansados no trabalho.
“São Paulo é um corredor”, ressalta Gavazzi. Os benefícios não são somente estaduais, porque grande parte das exportações brasileiras passa pelo porto de Santos, por exemplo. Segunda-feira (28), o secretário-executivo do Ministério dos Transportes participará das reuniões da Câmara de Logística de Transportes.
Dificuldades atuais
O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, acredita que as discussões podem atrair recursos para projetos do transporte da capital.
A extensão do Metrô deve ser expandida de 60 para 140 quilômetros, e a CPTM precisa de modernização para os 275 quilômetros de malha ferroviária existentes. Algumas estações necessitam de ampliação (Suzano, por exemplo) e outras ainda não foram construídas (como a estação da Penha). Atualmente, Metrô e CPTM transportam 3,7 milhões de passageiros/dia.
A expansão do Metrô, da malha ferroviária e dos corredores de ônibus fazem parte do Plano Integrado de Transporte Urbano (Pitu) para os próximos 20 anos, com valor global de US$ 10 bilhões.
Na Europa, existe plano semelhante, também prevendo melhorias no transporte para as próximas duas décadas. Lá, também encontram dificuldades na concepção da estrutura de financiamento para associação entre os setores públicos e privados.
“É fundamental a participação da Fiesp não só para articular, mas para pressionar a União a participar ativamente dos projetos de transportes de São Paulo”, conclui Jurandir Fernandes.
(LRK)