Governo do Estado realiza seminário para aumentar exportações

Ações estão sendo discutidas nesta quarta-feira, dia 27, no Memorial da América Latina

qua, 27/08/2003 - 13h53 | Do Portal do Governo

A meta do Governo do Estado é aumentar em 50% o volume das exportações paulistas num prazo de quatro anos, a partir de 2003. As ações para atingir esse objetivo estão sendo discutidas no seminário São Paulo ExportAções, que está sendo realizado no Memorial da América Latina, nesta quarta-feira, dia 27. O objetivo é estimular as exportações como forma de gerar emprego e renda, mobilizando empresários e formadores de opinião para esse esforço, consolidando as parcerias dos governos estadual e federal.

O secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, disse que o objetivo do Governo paulista é harmonizar o desenvolvimento, fazendo com que não haja bolsões de prosperidade ao lado de bolsões de exclusão. Ele observou que São Paulo e o Brasil têm um enorme espaço para agregar valor às matérias-primas. “Chega de exportamos peças de tecidos para que sejam cortados e manufaturados na América Latina para chegarem ao mercado norte-americano e europeu”, exemplificou.

O secretário observou a necessidade de se apoiar o agronegócio, que responde por 43% das exportações do País, como também as micro e pequenas empresas, responsáveis por centenas de postos de trabalho. Nesse sentido, o Governo paulista vem apoiando os Arranjos Produtivos Localizados/Organizados. “Precisamos devolver ao Interior a capacidade de emprego, fixando seus habitantes, o que evita a vinda para a Capital, e a conseqüente explosão demográfica”.

São Paulo é o Estado com maior participação na pauta de exportações brasileiras, com mais de oito mil empresas exportadoras. No primeiro semestre deste ano, o Estado exportou US$ 10,1 bilhões (30,6% dos US$ 33 bilhões de todo o País). Em 2002, respondeu por 33% do valor total das exportações brasileiras (US$ 20,1 bilhões) e 42% das importações (US$ 19,9 bilhões).

O Estado se destaca por uma planilha diversificada, que inclui produtos com alto valor agregado, como aeronaves, automóveis, máquinas e equipamentos eletrônicos. São Paulo é o maior exportador do mundo em carne bovina, açúcar, etanol, café e suco de laranja. Porém, uma nova barreira alfandegária a ser instituída pelos Estados Unidos pode prejudicar as exportações paulistas, atingindo diretamente o pequeno e médio produtor.

A partir de dezembro, entrará em vigor a Lei do Antibioterrorismo, que impõe uma série de restrições aos produtos agrícolas, para saber se os mesmos não estão contaminados com o antraz. O secretário Meirelles alertou que os 29 países mais ricos do mundo gastam US$ 1 bilhão por dia em subsídio à sua produção rural. “Portanto, é preciso que o Brasil busque novos mercados que possam adquirir os produtos na Ásia Central, Sudeste Asiático, África do Sul, na Oceania, do Oriente Médio, e na América Latina. O reaquecimento da economia Argentina também está animando o empresariado brasileiro”, disse Meirelles,

Aberto pelo vice-governador Cláudio Lembo, que representou o governador Geraldo Alckmin, o Seminário é dividido em cinco painéis e conta com a presença de ministros e secretários de Estado, além de representantes do setor empresarial, micro e pequeno empresários e prefeitos, cujas cidades fazem parte dos Arranjos Produtivos Localizados/Organizados, e querem ingressar no mercado internacional.

Os temas a serem abordados ao longo do dia são: Cadeia Produtiva do Agronegócio com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues e o secretário da Agricultura Duarte Nogueira; Infra-estrutura e Logística com o ministro dos Transportes, Anderson Adauto Pereira e o secretário dos Transportes Dario Rais Lopes; Promoção Comercial e Negociações Internacionais, com o diretor-geral de promoção comercial do Ministério das Relações Exteriores, Mário Vilalva e o presidente do Conselho do Sebrae-SP, Alencar Burti; Financiamento às Exportações, com o secretario de Economia e Planejamento, Andrea Calabi, o diretor-presidente do Banco Nossa Caixa, Valdery Albuquerque, e o diretor Internacional do Banco do Brasil, Augusto Braúna Pinheiro; Suporte às Exportações com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, e o secretário da Fazenda, Eduardo Guardia.

Valéria Cintra