Governo do Estado inicia obras do 16º piscinão na região do Grande ABC

Reservatório Ford-Taboão, em São Bernardo do Campo, tem capacidade para armazenar 400 mil metros cúbicos de água

qui, 07/07/2005 - 16h34 | Do Portal do Governo


Mais um piscinão será construído no Grande ABC para evitar os problemas de enchentes na região e na capital. Nesta quinta-feira, dia 7, o governador Geraldo Alckmin autorizou o início imediato das obras do piscinão Ford-Taboão, no bairro de Taboão, em São Bernardo do Campo. Esse é o 16º reservatório que o Governo do Estado constrói no ABC paulista, sendo que 14 estão em funcionamento e o 15º está em fase final de construção.

No evento, o governador também autorizou o repasse de R$ 500 mil para reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de São Bernardo do Campo.

Com capacidade para armazenar 400 mil metros cúbicos de água o novo piscinão vai evitar as inundações causadas pelo transbordamento do Ribeirão dos Couros. “Esse reservatório é muito importante porque vai evitar as constantes enchentes na região, que acabam, inclusive, paralisando a rodovia Anchieta, que é o acesso ao Porto de Santos e à Baixada Santista”, afirmou o governador.

O novo piscinão, que deverá estar pronto em 14 meses, será construído na avenida Taboão, altura do Km 13 da Via Anchieta e vai beneficiar cerca de 50 mil pessoas dos bairros do Jardim São Caetano, Vila Belvedere e São José, no município de São Caetano do Sul; da área industrial da fábrica da Ford do Brasil e da Bombril, em São Bernardo do Campo; e até a capital paulista. Isso porque as obras vão evitar que as águas da chuva cheguem rapidamente ao Rio Tietê e provoquem inundações nas marginais. “As águas na bacia do Tamanduateí terminam no Rio Tietê, através dos córregos. Esse piscinão está no Ribeirão dos Couros. Ele deságua no Ribeirão dos Meninos. De lá vai para o Tamanduateí e, depois, para o Tietê. Então, esse piscinão faz com que a água chegue com menos velocidade no Tietê”, explicou o secretário de Energia e Recursos Hídricos, Mauro Arce.

A obra será realizada em terreno cedido pela Prefeitura de São Bernardo, com investimento estadual de R$ 14,4 milhões. Alckmin informou que os recursos são exclusivamente do Tesouro Estadual. Embora haja recurso do Governo Federal previsto no Orçamento, esse não foi liberado e o Estado está arcando sozinho com o pagamento da obra por considerar a situação muito grave. “Eu até estive aqui no começo do ano, quando uma enchente paralisou a rodovia. Só quem não passou por uma enchente não sabe a gravidade que é. Então nós resolvemos fazer. Não podemos esperar mais”, disse.

Ao todo, o Governo do Estado já construiu 19 piscinões na Região Metropolitana de São Paulo, sendo cinco na Bacia do Pirajuçara, que envolve São Paulo, Embu e Taboão da Serra, e 14 na Bacia do Alto Tamanduateí, abrangendo São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Mauá com investimentos de mais de R$ 160 milhões. Juntos, eles têm capacidade de retenção de 3,5 milhões de metros cúbicos de água.

Além dos 14 piscinões em funcionamento no Tamanduateí, que têm capacidade de armazenamento total de 2,6 milhões de metros cúbicos, mais quatro já estão com o projeto executivo concluído. Outro, no Ribeirão dos Meninos, está em obras e o do Oratório está em processo de licitação. “Infelizmente, as várzeas dos rios foram ocupadas pelo homem. Quando chega o verão, época das chuvas, o rio sobe. E como não tem mais várzea, inunda os bairros. O piscinão é a várzea moderna. É um reservatório que segura a água no pico da chuva e, depois, por bombeamento, devolve a água para o Tietê”, explicou Alckmin.

As obras fazem parte do Programa Estadual de Combate às Inundações do Governo do Estado de São Paulo, coordenado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), empresa vinculada à Secretaria Estadual de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento. Esse é um dos 47 projetos estratégicos do Governo de São Paulo. Isso significa que a execução das ações desse programa estão sendo intensificadas pelo Estado, com as melhores práticas da gestão estratégica, por ser um dos programas com grande capacidade de promover o desenvolvimento econômico, social e ambiental de São Paulo a curto e médio prazos.

Alteamento da pista antiga da Anchieta

Alckmin também solicitou que a Secretaria de Energia e Recursos Hídricos inicie os estudos hidráulicos para o alteamento da pista antiga da Via Anchieta, na altura do Km 13. Por ser mais baixa, essa pista costuma inundar sempre que chove um pouco mais na região, paralisando o trânsito na rodovia. Esse estudo não pôde ser feito anteriormente porque o município de São Caetano do Sul não permitia. “Eles tinham medo de que a água, passando muito depressa por aqui, inundasse São Caetano. Agora, com o piscinão, acho que conseguiremos um acordo judicial para poder fazer o alteamento da pista antiga”, destacou o governador. A nova pista, que é mais alta, não tem problema de alagamento.

Cíntia Cury