Governo do Estado entrega mais um presídio para acabar com a superlotação em distritos policiais

Centro de Detenção Provisória de Taubaté tem capacidade para receber 768 presos que aguardam julgamento

seg, 10/12/2001 - 15h59 | Do Portal do Governo


O Governo do Estado está dando mais um passo para acabar com o problema dos presos que superlotam os distritos policiais, aguardando julgamento. Foi entregue nesta segunda-feira, dia 10, em Taubaté, um Centro de Detenção Provisória (CDP), com capacidade para abrigar 768 prisioneiros. A obra teve investimentos de R$ 5,7 milhões do Estado.

Com isso, sobe para 11 o total dessas unidades existentes no Estado. Mais quatro estão em fase final de construção, com entrega prevista para o início do próximo ano, nas cidades de Guarulhos (duas unidades), Campinas e São Vicente. O secretário-adjunto da Administração Penitenciária, José Rolim Neto, informou que já está em licitação a construção de mais seis unidades, sendo duas em Osasco, uma em Suzano, uma em Mogi das Cruzes, uma em São Bernardo e uma em São José do Rio Preto. Os novos Centros, que serão implantados em parceria entre o Governo do Estado e União, irão acrescentar 4.416 vagas no sistema prisional paulista.

O prefeito de Taubaté, José Bernardo Ortiz (PSDB), comentou que a entrega deste CDP possibilitará a desativação das cadeias de Taubaté, São Bento do Sapucaí e de Campos do Jordão. Ele afirmou que a transferência é importante porque a cadeia de Taubaté está superlotada e localizada em uma área residencial da cidade.

Os Centros de Detenção Provisória são feitos com alto padrão de segurança, contando com chapas de aço em baixo da estrutura para evitar a construção de túneis. Além de evitar fugas, os CDPs permitem que a Polícia Civil deixe de cuidar de presos para voltar a exercer seu papel investigativo e judiciário, melhorando sua eficiência.

Com os CDPs já entregues na Capital e Região Metropolitana, foi possível retirar os presos que ocupavam 22 distritos policiais da Capital. Segundo o governador Geraldo Alckmin, nestes 22 distritos o número de casos esclarecidos nas investigações instauradas aumentou em 360%. “Ou seja, melhorou a eficiência da Polícia Civil”, analisou.

O governador lembrou que em 105 anos foram abertas 21.902 vagas nas penitenciárias paulistas. “Nos sete anos deste governo, contando com o CDP de hoje, foram criadas 27.900 vagas’ comparou. De acordo com Alckmin, todas as unidades construídas na atual administração possuem oficinas para os presos trabalharem. “Dos 67 mil presos condenados no Estado, 57% já estão trabalhando nestas oficinas”, disse.

Cada unidade conta também com setor médico e odontológico, ambulatório, parlatório e farmácia para os detentos. São ainda aparelhados com “salas de audiência” para os interrogatórios do Poder Judiciário, sem que os detentos precisem sair das unidades. Isso apressa os processos judiciais e libera os policiais responsáveis pelas escoltas.

Gislene Lima