O governador Geraldo Alckmin participou da cerimônia de inauguração da primeira fase da nova indústria da Embraer, que conta com a parceria do Governo do Estado.
A mais nova unidade da Embraer, a quinta a ser instalada no Brasil, vai concentrar atividades tecnológicas industriais relacionadas a montagem final de aeronaves executivas e militares.
No local serão montados os primeiros jatos executivos da empresa, caças F5 da Força Aérea Brasileira, que estão sendo modernizados pela Embraer.
Para Alckmin, a inauguração da primeira fase da Embraer abre um novo pólo de desenvolvimento no Estado de São Paulo.
Pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) não precisam mais viajar ao exterior para testar as aeronaves produzidas pela Embraer. Com a inauguração da nova unidade da empresa, no município de Gavião Peixoto, nesta terça-feira, dia 11, os testes serão feitos em território paulista. O governador Geraldo Alckmin participou da cerimônia de inauguração da primeira fase da nova indústria da Embraer, que conta com a parceria do Governo do Estado.
O diretor-presidente da Embraer, Maurício Botelho, destacou que os testes das aeronaves, feitos anteriormente em instalações arrendadas pela Força Aérea Americana, resultavam em saída de divisas do País, custos, questões de logística e também acréscimo de tempo no desenvolvimento de produtos.
A mais nova unidade da Embraer, a quinta a ser instalada no Brasil, vai concentrar atividades tecnológicas industriais relacionadas à montagem final de aeronaves executivas e militares, além da integração dos sistemas. No local serão montados os primeiros jatos executivos da empresa, caças F-5 da FAB, que estão sendo modernizados pela Embraer, e os aviões super tucanos utilizados por pilotos para treinamentos em missões de ataques leves.
‘Essa unidade deve atrair empresas parceiras e fornecedores, gerando empregos diretos e indiretos’, enfatizou Botelho, explicando que o local foi escolhido, há dois anos, e que a decisão por Gavião Peixoto resultou de um processo seletivo que comparou 34 locais dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, após uma pré-seleção de 300 áreas. ‘Foram levadas em consideração questões topográficas, climáticas, demográficas, de logística de transporte, de infra-estrutura, de segurança, sociais, educacionais, ambientais relacionadas à saúde e à qualidade de vida, e também, a decidida liderança do Governo do Estado’.
O custo total da obra será de US$ 150 milhões. Ao Estado coube a desapropriação de 1.700 hectares, onde será implantado ao final de cinco anos, uma área industrial cinco vezes maior que a de São José dos Campos; a infra-estrutura interna e externa, colocando rede de água, abertura de ruas, rede de esgoto e luz, acesso rodoviário e energia até a porta da indústria e telecomunicações.
Na área da infra-estrutura, o Governo vem cumprindo seu compromisso, disse Alckmin. ‘Os 10 quilômetros de acesso à fábrica já estão prontos, estão sendo recapeados 31 quilômetros – de Gavião Peixoto até o acostamento da unidade. As terceiras faixas dos pontos críticos também estão sendo providenciadas’, afirmou ele, acrescentando que o Governo também está bem adiantado em energia elétrica, saneamento e urbanização.
Para Alckmin, a inauguração da primeira fase da Embraer abre um novo pólo de desenvolvimento no Estado de São Paulo. ‘Atualmente, a Embraer tem 11 mil funcionários e está muito avançada nas áreas de ciência e tecnologia’. Ele lembrou que a empresa é a campeã nas exportações há três anos consecutivos.
No setor de recursos humanos, o governador destacou o segundo Campus da Universidade de São Paulo – USP, em São Carlos, que vai oferecer cursos de engenharia aeronáutica, e os centros tecnológicos. ‘As Fatecs estão sendo instaladas próximas do setor produtivo, o que pesou também na decisão por Gavião Peixoto’, explicou ele, afirmando que essa indústria vai gerar emprego, renda e exportação, que vai fortalecer a competitividade e tecnologia brasileiras.
Alckmin destacou ainda, a participação da Embraer em consórcio com a fabricante francesa dos aviões Mirage 2000 DR, na concorrência internacional, aberta pelo Governo Federal, para a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira. ‘O conhecimento tecnológico avançado, especialmente da aviação militar, é questão de soberania nacional. Alckmin acredita que a empresa que vence concorrências em vários lugares do mundo tem competitividade dentro do próprio País.
Gláucia Basile / Cíntia Cury
